O ex-ministro das Finanças e ex-Secretário de Estado de Tesouro devem apresentar-se na manhã de hoje (15) junto das instâncias judiciais competentes, para o cumprimento das medidas de caução que lhes foram aplicadas no âmbito do processo a volta do ‘caso seis biliões de Fcfa’. Suleimane Seidi e António Monteiro foram aplicadas, para além de caução financeira, apresentação periódica e obrigação de permanência, pelo que devem apresentar-se, mas existem fortes probabilidades de serem novamente detidos, até porque, o Desembargador, Liga Djassi emitiu um mandado de recondução dos dois a prisão, antes de ser suspenso preventivamente pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça. A defesa dos dois governantes, mesmo sabendo dessa ameaça de eminente detenção, diz manter confiança de que o Direito será observado, pelo que não existem fundamentos técnicos para serem reconduzidos a prisão.
Luís Vaz Martins disse esta manhã ao UH que, o colectivo de advogados obteve todas essas informações desde sexta-feira, mas optaram por respeitar a lei e vão continuar a defender a liberdade dos dois, aguardando novas etapas do processo.
“Da nossa parte, mantemos a seriedade desde início. Acreditamos na justiça e esperamos que ela prevaleça sobre todas essas manobras. Os nossos constituintes não podem continuar na prisão e é isso que estamos a defender. Conhecemos todas as manobras que estão sendo feitas, mas isso não pode desviar o nosso foco”, disse.
O advogado assegurou que, os seus constituintes vão continuar a apresentar-se até quando acontecer algo contrário, para poderem ter outro posicionamento. “Só para terem noção da nossa boa-fé neste processo, os dois tinham toda a documentação na posse. Se a intenção fosse outra, estes três dias em casa seriam aproveitados para outras acções. Mas não. Vamos continuar a luta judicial até provar as suas inocências”, garantiu o advogado.
