A China é um país multiétnico com 56 grupos étnicos. A etnia Uigur é um dos maiores grupos étnicos minoritários do país que vive na Região Autónoma Uigur de Xinjiang, situada no Noroeste da China, representando 44,96% da população total de Xinjiang e 77,85% da população dos grupos étnicos minoritários da Região.
Nos últimos 40 anos da reforma e abertura da China, o crescimento médio anual da renda disponível per capita de Xinjiang tem sido mais de 12%. De 1978 a 2021, a renda disponível per capita dos residentes urbanos de Xinjiang cresceu de 319 yuan (moeda chinesa) para 37.642 yuan e dos residentes rurais cresceu de 119 yuan para 15.575 yuan. Alguns anos atrás, todos os 3,06 milhões de pobres rurais foram retirados da pobreza e a pobreza absoluta que já existia há milhares de anos foi erradicada. Em 2021, o PIB de Xinjiang atingiu 1,6 triliões yuan, com o aumento de 7,0% comparado com 2020. Pode-se dizer que atualmente Xinjiang está no melhor período de desenvolvimento próspero da sua história.
No entanto, algumas forças terroristas têm infiltrado o extremismo no povo de Xinjiang, distorcendo fortemente o Alcorão, adulterando a essência do islamismo e declarando que “Jihad” é o dever dos muçulmanos, o que leva ao acontecimento frequente de ataques terroristas violentos em Xinjiang desde os anos 90 do século passado. Segundo estatísticas incompletas, “três tipos de forças”, incluindo forças terroristas violentas, forças separatistas étnicas e forças de extremismo, praticaram milhares de ataques terroristas violentos em Xinjiang e outro locais de 1990 ao fim de 2016, causando perdas de muitas vidas inocentes, incluindo centenas de policiais, e danos materiais incalculáveis.
Portanto, a questão relativa a Xinjiang não é questão étnica, religiosa ou dos direitos humanos como os países ocidentais atualmente justificam, mas questão de anti-terrorismo, anti-secessionismo e desradicalização.
- Alguns fatos sobre Xinjiang
Desde 2019, alguns políticos e mídias ocidentais têm lançado em grande escala as acusações de que existem “o genocídio”, “campos de concentração” e “o trabalho forçado” contra a etnia Uigur em Xinjiang, e que os muçulmanos em Xinjiang são privados da liberdade de crença religiosa. Eles até têm interferido nos assuntos internos da China e aplicado sanções contra o país, usando a chamada “questão dos direitos humanos” como desculpa. Como o Embaixador da China na Guiné-Bissau, queria esclarecer os seguintes fatos:
FATO 1: Não existe em Xinjiang “o genocídio” contra a etnia Uigur.
A população da etnia Uigur em Xinjiang tem crescido constantemente. Cresceu de 3,6 milhões no primeiro censo realizado em 1953 para 11,6 milhões em 2020. Nos últimos 60 anos, a esperança de vida em Xinjiang aumentou de 30 para 72 anos. Desde que a população da etnia está a aumentar, como é possível existir “o genocídio”?
Além disso, o povo de Xinjiang adoram cantar e dançar e bastantes excelentes cantores, dançarinos e atores da China são oriundos da Região. Xinjiang também é berço de muitos excelentes atletas de gelo e neve, graças aos recursos abundantes de gelo e neve. Na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing, Dinigeer Yilamujiang, a última portadora da Tocha, é atleta de esqui nórdico de Xinjiang. Para mais, são impressos carácteres de línguas de 5 etnias nas notas da moeda chinesa, tais como a Han, Tibetana, Uigur, Mongol e Zhuang, o que demonstra plenamente a grande importância atribuída pela China à proteção das línguas e culturas dos grupos étnicos minoritários.
FATO 2: Não existem em Xinjiang “campos de concentração”.
De acordo com a Lei Antiterrorista da República Popular da China, as Medidas da Região Autónoma Uigur de Xinjiang para Implementação da Lei Antiterrorista, e os Regulamentos de Desradicalização da Região Autónoma Uigur de Xinjiang, a Região estabeleceu os centros de ensino e formação de habilidades vocacionais. Estes centros são de fato escolas que se integram nas medidas adotadas por Xinjiang para prevenir o terrorismo e promover a desradicalização, sem qualquer diferença essencial com “as Correções Comunitárias” nos Estados Unidos, “o Programa de Desistência e Desengajamento” no Reino Unido e “os Centros de Desradicalização” na França. Eles conformam-se completamente com os princípios da Estratégia Global contra o Terrorismo das Nações Unidas e outras resoluções relativas, e não são de forma alguma os chamados “campos de concentração”. Têm cursos como língua comum nacional, conhecimentos jurídicos, habilidades vocacionais e conhecimentos sobre desradicalização. Os alunos que atendem aos padrões de avaliação podem ser graduados. A dignidade, liberdade pessoal e costumes religiosos dos alunos são protegidos por lei.
Até outubro de 2019, todos os alunos já tinham concluído o estudo, conseguindo empregos estáveis e gozando da vida melhor. Portanto, hoje em dia já não existe e não há necessidade de estabelecer os centros em Xinjiang. Durante mais de cinco anos, não ocorre na Região um único ataque terrorista, o que prova os resultados positivos dessa medida adotada.
FATO 3: Não existe em Xinjiang “o trabalho forçado” na produção de algodão.
Vêm-se reportagens das mídias ocidentais sobre o chamado “trabalho forçado” na produção de algodão em Xinjiang por vários anos. Na verdade, os colhedores e os produtores de algodão assinam os contratos de trabalho com base em igualdade, voluntariedade e consenso. Em Xinjiang, a colheita de algodão é um trabalho bem remunerado que muitas pessoas desejam fazer. Não há necessidade alguma de praticar “trabalho forçado”. Além disso, em 2020, o nível de mecanização da colheita de algodão já atingiu 70% em Xinjiang. Também não há necessidade alguma de recrutar um grande número de colhedores nesta área.
FATO 4: Os muçulmanos em Xinjiang gozam da liberdade de crença religiosa.
A China é um país com várias religiões. A Constituição estipula claramente: Os cidadãos da República Popular da China gozam da liberdade de crença religiosa. De acordo com o livro branco As Políticas e Práticas da China sobre Proteção da Liberdade de Crença Religiosa, publicado em 2018, há quase 200 milhões de cidadãos religiosos na China. Entre eles, há tantos crentes budistas e taoístas que é difícil calcular o número com precisão e cerca de 6 milhões de crentes católicos. Os 20 milhões de crentes islâmicos estão distribuídos em Xinjiang e outras províncias do país, incluindo a população de 10 etnias minoritárias que têm o Islão como a religião principal, tais como a etnia Hui, Uigur, Kazaja e outras.
O governo chinês sempre trata igualmente o povo muçulmano de Xinjiang e os muçulmanos de outras províncias e outros grupos étnicos, garantindo a sua liberdade de crença religiosa e direitos iguais de acordo com a lei. Atualmente, com a aprofundação da legalização do trabalho religioso, as relações entre as religiões diferentes da China tornam-se cada vez mais amigáveis e harmoniosas e o desenvolvimento religioso mais dinâmico.
- Conclusões
Em última análise, a questão relativa a Xinjiang não é, de forma alguma, questão étnica, religiosa ou dos direitos humanos, mas questão de anti-terrorismo, anti-secessionismo e desradicalização. Como se diz um ditado antigo chinês: Fatos falam mais alto do que palavras. Espero que as pessoas possam ver a questão relativa a Xinjiang com base em fatos e estendo as boas-vindas aos amigos da Guiné-Bissau para visitar Xinjiang depois da pandemia, a fim de conhecer melhor Xinjiang e a China verdadeira.
Finalmente, queria aproveitar também esta ocasião para apresentar aos amigos muçulmanos as minhas mais sinceras felicitações pelo início do Ramadã.