Política

Deputados da Coligação PAI Terra Ranka impedidos de entrar na sede da ANP e o Presidente deixa garantias

Os deputados da bancada parlamentar do PAIGC que se deslocaram a sede do parlamento hoje (26) para trabalhar nas suas respectivas Comissões especializadas, foram impedidos de ter acesso a sede por forças de ordem. O Presidente da ANP, Domingos Simões Pereira reagiu ao sucedido e disse que, o mais breve possível, o Povo será chamado a sair a rua para acabar com as persistentes violações, mas sobretudo intenções de um poder que legitimamente quer afirmar.

Depois do impedimento, os respectivos deputados promoveram uma marcha até a sede do PAIGC onde proferiram declarações a imprensa. Dan Ialá, vice-presidente do PAIGC e membro de mesa, assegurou que, a deslocação dos parlamentares da Coligação ao Parlamento visava apenas exercer as suas atribuições constitucionais e regimentais, mas acabaram por, mais uma vez desvendar o carácter do regime. Ela disse ter sentimento de que, aqueles que hoje estão a exercer o poder na Guiné-Bissau estão de tal forma determinados em aniquilar a democracia através de tomada de decisões ilegais e fora da suas competências. “Impedir aos deputados ter acesso a sede do parlamento é de todo inimaginável num Estado de Direito.

Na presente luta política, os opositores do PAIGC e seus aliados têm usado muita força, recorrendo aos espancamentos. Ao referir-se a este assunto, Dan Ialá disse ser importante que as pessoas percebam que, o PAIGC de um momento para outro, deixou de ser aquele partido militarizado de que tanto se falava no passado, porque simplesmente as regras democráticas se impunham.

“Mas queremos também que as pessoas acreditem que não temos medo. No dicionário do PAIGC e dos seus apoiantes, a palavra medo não está”, frisou.

A componente legal de todo o imbróglio a nível da ANP ficou a cargo do deputado, Octávio Lopes. Depois de detalhadas explicações sobre as irregularidades que vem acontecendo neste processo, o parlamentar falou da anunciada substituição do presidente do hemiciclo, por Adja Satú Camará. Segundo disse, tratando-se de um acto inexistente, não pode merecer a atenção que as pessoas querem dá-lo”.

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