O deputado do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-.15), Bamba Banjai, e mais um militante do mesmo partido cuja identidade não foi revelada (mas tudo indica tratar-se de Queba Sané, vulgo R Kelly foram detidos no princípio desta tarde, pelo Departamento de Investigação Criminal do Ministério do Interior. A detenção ocorreu no âmbito de uma queixa-crime apresentada contra os dois naquela instância, pelo também deputado do MADEM e Conselheiro do Presidente da República, Sandji Fati. Braima Camará Coordenador do MADEM considerou essa possibilidade no dia anterior uma violação das liberdades e garantias dos cidadãos e políticos e admitiu que ambos que estavam foragidos iriam apresentar-se para audição.
A ordem de detenção foi dada pelo agente do MI, segundo o advogado, José Paulo Semedo, que acha o MI incompetente para detenções deta natureza, depois de longas horas de audição e de passagem de gabinete para gabinete do deputado e o aludido militante. Dentre os motivos da detenção, destacam-se calúnias e difamação que constam no processo, mas sobretudo o facto de ambos não comparecerem voluntariamente para responder a notificação do MI. José Paulo Semedo que admite recorrer-se ao JIC, dia 28 do corrente por se tratar das liberdades e garantias dos cidadãos, disse não compreender como é que se pode deter um deputado “fora de flagrante delito”, supostamente “por difamação ou a mando da ordem superior”.
O deputado apresentou-se hoje (27) no MI acompanhado do advogado, depois de no dia anterior, o Coordenador do MADEM ter assegurado que, acordou com o ministro do Interior de que o mesmo pdoia parecer para ser ouvidio.
Em causa de toda a polémica estão as declarações do deputado que, há cerca de duas semanas proferiu uma conferência de imprensa na qual acusou Sandji Fati de ser assassino, tendo inclusive citado nomes daqueles que supostamente foram vítimas de acções sanguinárias do Conselheiro do PR, um militar na reserva.
Para além de pejorativas, Sandji Fati qualificou as declarações de perigosas para si e para a família, tendo de imediato apresentado a queixa, não só contra Bamba Banjai, como para Queba Sané, um outro dirigente do MADEM, que dias depois promoveu “um live” para atacar o Conselheiro do PR.
Uma vez que os dois não apareceram no Ministério do Interior para atender as notficações, o Secretário de ERstrado da Ordem Pública (outro dirigente do MADEM) advertiu que os mesmos seriam detidos assim que forem encontrados. Também é da opinião que, as afirmações de Bamba Banjai são perigosas e os familiares das vítimas podem um dia vingar de Sandji Fati ou da família. “Mas podem ficar tranquilos. A detenção vai acontecer, basta serem vistos. Foram pagos 500 mil Fcfa peplo Coordenador do MADEM para este acto”, disse José Carlos Macedo em Gabú.
Tendo militantes a monte, Braima Camará tentou no dia 26 de Fevereiro uma operação de charme que denominou “protestos do MADEM” junto do Ministério do Interior e a saída assegurou a imprensa que os dois seriam ouvidos acompanhados do advogado.
Camará deixou mesmo a impressão de que nada iria acontecer aos dois, devido as garantias dadas pelo ministro do Interior, Botche Candé que alegadamente não sabia de nada que estava a acontecer a respeito, mas factos acabam por provar que o contrário.