Esta cada vez mais evidente a possibilidade de integração do MADEM na Aliança Koumba Lanta que junta o PRS e APU PDGB. Depois da visita realizada pelos responsáveis deste, dois dias depois do regresso de Braima Camará de Portugal, hoje (19), uma alta delegação do PRS liderada pelo seu líder de bancada, Mário Fambé esteve na casa do Coordenador em visita de solidariedade com as detenções de dos militantes do partido, mas também para falar de assuntos políticos. Num momento em que o MADEM vive a sua pior face dos seus seis anos de existência, a necessidade de Braima Camará se aliar a outras forças, parece ser das “parcas saídas restantes” para enfrentar as violentas investidas dos apoiantes do Presidente da República. Mário Fambé fala de abuso de poder e imperatividade de respeitar Braima Camará pela contribuição que fez para o país. Braima Camará agradeceu a visita, mas mantém a convicção de que, o Estado de Direito tem de ser respeitado.
Em declarações a imprensa, Mário Fambé afirmou que, a visita se enquadra mais no âmbito parlamentar, uma vez que, na qualidade de líder da bancada do PRS estava fora do país quando o Coordenador do MADEM regressou e viveu todo os problemas que o país assistiu. “Acompanhamos o que aconteceu no dia 3 de Fevereiro no Aeroporto com os militantes deste partido. Ele é cidadão nacional e Coordenador de um partido, precisa de ser respeitado, mas sobretudo os seus direitos Estamos aqui para manifestar a nossa solidariedade, porque os acontecimentos de 3 de Fevereiro são tristes. Tristes porquê? Porque na nossa Constituição os direitos estão reservados e eles devem ser respeitados. Somos deputados e temos a obrigação de informar sobre as coisas que aconteceram”, referiu ao lado de Braima Camará.
Segundo as suas palavras, o PRS condena a detenção dos dirigentes do MADEM e disse que não deve repetir. “Guiné-Bissau é um Estado de direito. Estes direitos devem, ser preservados. Cada um tem a sua liberdade. Onde a de uma começa é de lá que o outro termina. O que aconteceu foi um acto bárbaro e intolerável. Isso é abuso do poder e não ajuda ao país. As pessoas acham que, o uso de força pode constituir solução! Não. Foi um acto bárbaro e aqueles que nos governam não podem funcionar assim”, criticou.
Ele recordou a visita feita por Fernando Dias e Nuno Nabian, mas destacou o facto de Braima Camará ser “um produto de nação, uma figura que contribuiu bastante para o país e merece ser tratado com consideração.
Braima Camará agradeceu a visita e disse que a presença daqueles não constitui qualquer surpresa. “Só quero agradecer. Esta visita demonstra que estamos a encaminhar largamente para grandes consensos. A nossa prioridade de momento é opara que o país tenha paz e que haja respeito pelo Estado de direito”.