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Sissoco Embaló não foi mediador da crise senegalesa, mas apelou o diálogo

A repentina viagem do presidente da Guiné-Bissau ao Senegal ontem (8), não foi no quadro de uma mediação da crise política naquele país, mas sim do apelo ao diálogo entre as forças vivas do país vizinho. Uma nota da Presidência da República senegalesa publicada na rede social X (antigo Twitter) salienta que, o Presidente Macky Sall recebeu, quinta-feira, em Dakar, o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló. ”Ele não vem como mediador, mas mantém relações sólidas com toda a classe política”, sublinhou a presidência senegalesa que acrescenta que o presidente da Guiné-Bissau apelou aos senegaleses para um diálogo ”crucial para a estabilidade do sub- região”.

O Senegal está no meio de uma crise política nascida do anúncio do Presidente Macky Sall, no sábado, da revogação do decreto que convoca o eleitorado na véspera do início oficial da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 25 de Fevereiro. Dois dias depois, a Assembleia Nacional aprovou um projeto de lei relativo ao adiamento da votação para 15 de dezembro.

Macky Sall, eleito e reeleito em 2012 e 2019, reafirmou a vontade de não concorrer nestas eleições, promessa que fez em julho passado.

Para adiar a eleição, invocou suspeitas de corrupção em relação aos magistrados entre aqueles que examinaram os 93 processos de candidatura e considerou 20 deles admissíveis.

A pedido do antigo partido no poder, o PDS, foi criada uma comissão parlamentar de inquérito, cujo processo de candidatura foi rejeitado pelo Conselho Constitucional devido à dupla nacionalidade do seu candidato, o ex-ministro Karim Wade.

Este partido solicitou e obteve a criação de uma comissão parlamentar de inquérito após a invalidação da candidatura do Sr. Wade.

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