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Dakar a ferro e fogo em protesto contra o adiamento das eleições e forçar o PR a recuar da decisão

A situação política no Senegal está controversa. Há uma significativa mobilização social contra a decisão do Presidente da República em adiar as eleições presidenciais que estavam previstas para o dia 25 do corrente mês. Como fundamento, Macky Sall invocou às contestações levantadas por alguns candidatos preteridos pelo Tribunal, com destaque para Karim Wade, mas a sociedade civil senegalesa considera a decisão de tratar-se de manobras do PR para se manter no poder. Mobilizadas em diferentes zonas do país, embora o Palácio da Nação seja o destino, a manifestação que ainda sem nome, junta os senegaleses representados até pelas confissões religiosas, com a determinação em forçar o presidente Macky Salll a recuar da sua decisão. O archebispo de Dakar, Dom Benjamin Ndiaye, antevendo a gravidade dos protestos prometidos, pediu para que o interesse superior da nação prevaleça sobre os cálculos políticos”. Existem correntes internas que defendem que, para que haja diálogo sincero é imperativo que Oussoumane Sonko, participe e não afastado como aconteceu.

No entanto para além dos protestos contra esta decisão, Macky sall é contestado por ter feito 12 anos de mandato e de estar a fazer tudo para restringir as liberdades dos senegaleses. Sall é criticado de ser entre os quatro presidentes que o Senegal tem desde sua independência em 1960, aquele que a todo o custo quer actuar à margem das eleições. “Mas, depois de 2 de Abril, Macky Sall tem de sair”, disse um dos manifestantes.

Depois de dias e dias de promessas de protestos, os senegaleses saíram as ruas no princípio da tarde de hoje (9). Na primeira maior concentração perto da sede do Walfadjiri (uma das mais importantes cadeias de informação do senegal neste momento), Check Nyass, um dos manifestantes prometeu 48 horas para mudar o modelo de luta, caso Macky Sall não recuar da sua posição.

Manifestações iniciadas momentos após a reza de sexta-feira é considerada por muitos analistas políticos senegaleses como princípio do fim da dinastia Sall no poder desde 2019.

Os primeiros manifestantes incendiaram pneus nas diferentes artérias e a polícia respondeu com gás lacrimogéneo gerando pânico nas artérias e nos bairros periféricos. O comércio ficou paralisado, mas as acções de pilhagem ainda não haviam iniciado.

O Arcebispo de Dakar, Dom Benjamin Ndiaye, convida os senegaleses a garantir que “o interesse superior da nação prevaleça sobre os cálculos políticos”, tanto mais que, na sua opinião, as razões apresentadas pelo Presidente da República para a não realização das eleições presidenciais na data inicialmente prevista ”não são claras para todos”. “Surpreende-me que tenhamos conseguido pôr em causa todo um processo que, apesar das suas falhas e das suas dificuldades, estava em vias de ser iniciado para a consulta do povo senegalês”, sublinhou primeiro o líder da Igreja Católica. no Senegal.

Num vídeo publicado no YouTube por Kto, meio de comunicação próximo da Igreja Católica, o Arcebispo de Dakar diz ter a impressão de que os senegaleses são “vítimas de cálculos políticos que não significam o seu nome”.“Ouvimos o Presidente da República, Macky Sall, dar os motivos (os motivos do adiamento das eleições presidenciais). No entanto, eles não são claros para todos. E este também é o meu caso […] Tudo estava traçado até agora” tendo em vista a eleição de um novo Presidente da República, no dia 25 de fevereiro”, continuou.

 

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