Está marcada para hoje (2) na Presidência da República, a apresentação do Movimento de Apoio a Umaro Sissoco Embaló. Essa aparição pública do Movimento político composto por diferentes sensibilidades sociais, é uma resposta do Chefe de Estado ao presente clima de desconfiança e de descontentamento entre ele e alguns dirigentes do MADEM G15 sobre a postura assumida por Umaro Sissoco Embaló, que consideram ser tirar mérito a aquela formação política.
É que, segundo apurou o Jornal Última Hora, os dirigentes do MADEM, sobretudo o seu Coordenador, supostamente não terá gostado de ouvir o PR a considerar que, se está no cargo é graças a José Mário Vaz. Em consequência dessa divergência de opiniões, Braima Camará terá afastado estrategicamente das acções políticas de Umaro Siossoco Embaló, por considerar “irreconhecimento” das acções que partido fez para estar na Presidência.
Coincidência ou não, no dia em que falou da existência de droga na Guiné-Bissau e falta de confiança entre os actores políticos, Nuno Nabian revelou que foi convidado por Braima Camará para apoiar Umaro Sissoco Embaló na segunda volta das presidenciais de 2019, o que terá aumentado ainda o sentimento de revolta do Coordenador.
Nas hostes do Chefe de Estado surgiram de imediato, as as acusações em como Braima Camará está por detrás dos posicionamentos de Nuno Nabian e provocou o choque entre defensores do Coordenador do MADEM e do Presidente da República.
Belmiro Pimentel, militante do MADEM e próximo de Braima questionou ao PR se acha que, Movimento Político em PTG podem garantir-lhe um segundo mandato.
É no meio dessa polémica que o PR decidiu essa aparição pública do seu Movimento Político, contrariando todas as oposições do MADEM. É que, o partido liderado por Braima Camará nunca esteve confortável com as alianças do PR, sobtetudo quando envolvem partidos políticos. Em 2020, o MADEM acusou o PR de estar por detrás da criação do PTG, quando Botche Candé coordenou uma espécie de Presidência Aberta para agradecer os resultados eleitorais.
Na altura os dirigentes do MADEM condenaram aquela situação considerando que, o partido não foi reconhecido pelo PR, não obstante ter estruturas a altura da missão que incompreensivelmente foi atribuída há Botche Candé. Meses depois nasceu o PTG que, neste momento é considerado novamente pelo MADEM “um privilegiado do PR”.
Outra situação verificada nesses dias e que indicia o voltar de costas entre o PR e o MADEM foi o comunicado da juventude daquela formação política sobre os últimos acontecimentos no país. Mesmo estando o PR sob fogo cruzado dos seus ex-aliados agora opositores, Nuno Nabian e Fernando Dias, a Juventude do MADEM (JUADEM) emitiu um comunicado para reagir acusações de envolvimento do Coordenador do MADEM numa campanha contra o PR. Facto notável é que, em nenhum momento, os jovens fizeram referência ao nome de Umaro Sissoco Embaló.