Sociedade

Guiné-Bissau: crescem alertas sobre o ecossistema guineense que sofre ameaça pela acentuada de poluição e desmatação

O dia mundial das Zonas Húmidas celebra-se anualmente no dia 02 de Fevereiro, instituída em 1971, na cidade Iraniana – RAMSAR. Na celebração da data no país, a representante do ministro do Ambiente e Biodiversidade, Aissa Rehala de Barros, Diretora-geral do Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), alertou que, o nosso ecossistema está sendo muito ameaçado pela degradação do ambiente, mudanças climáticas, poluição desmatação entre outros fenómenos e que a responsabilidade não deve ser somente do Estado, mas de todos.
Sob lema “Proteger as zonas húmidas para o nosso futuro comum”, a Directora-geral, defendeu que os guineenses devem enfrentar com determinação e agir com urgência, para a defesa do seu ecossistema. Aissa de Barros persistiu dizendo que, se agirmos cedo, servirá como proteção às grandes ameaças que se vê colocar em causa os nossos ecossistemas, que vão servir as gerações presentes e futuras, assim como pelo bem-estar das nossas comunidades.
Para ela, existe a necessidade de continuação da promoção das práticas sustentáveis e consistentes, para o fortalecimento da educação ambiental, como garantias as futuras gerações, pelos quais compreendam a importância de preservar a natureza, para a saúde e o bem-estar de todos.
Regala em representação do ministro de ambiente, defende que, o dia mundial das zonas humanas é momento que convida a todos nós para uma reflexão profunda sobre a importância vital dos ecossistemas. “As zonas húmidas são um recurso natural de valor incomparável. Um património que todos devem proteger para garantir um futuro sustentável para as gerações vindouras”, animou a bióloga, sustentando que, a proteção das zonas húmidas não é apenas uma responsabilidade do governo, mas, também de toda a sociedade. “Cada um de nós, tem um papel fundamental, seja como cidadão consciente, seja como membro de uma comunidade engajada, ou como parte de uma rede global de preservação ambiental. Para isso, é essencial que incentivemos políticas públicas que promovam a conservação das zonas húmidas, e que envolvamos as comunidades locais, pescadores, agricultores, especialistas, jovens, para que se tornem defensores ativos desses ecossistemas” concluiu.

Por sua vez, o Coordenador de Wetlands Internacional, realçou a importância de uma reflexão sobre o dia a nível nacional, porque a degradação das zonas húmidas tem sido acentuada no país. Razão pela qual apontou 90% como zonas húmidas a nível mundial degradadas ou perdidas. “Hoje em dia estamos em constante perda de zonas húmidas, e que as perdas são muito mais rápidas, tendo em conta o crescimento desenfreado da população humana” disse. Raul Jumpe, defendeu a imperatividade de se aumentar a consciencialização global a volta das zonas húmidas para revertermos a sua rápida perda, como também incentivar as ações para restaurar e conservar os ecossistemas vitais para as vidas humanas. Jumpe distinguiu as zonas húmidas na contribuição de forma afincada na sobrevivência das comunidades costeiras, considerando-as de um património valioso de biodiversidade. O coordenador avisou às autoridades executivas, às comunidades, às empresas e aos parceiros , no sentido de trabalharem em colaboração, a fim de reverterem a degradação das zonas húmidas e tornar resilientes os ecossistemas.

Por sua vez o vice-presidente do conselho administrativo Joãozinho Sá inquieto com os problemas ambientais, reafirmou o engajamento da sua organização na proteção das zonas húmidas. “Na verdade da gestão participativa, inclusiva, isto é importante. Por isso vou reafirmar que ODZH, vai continuar nessa senda”, disse, admitindo que, os presentes ouviram do empenho do ODZH, quando em Bissau tem acontecido o caso Nbatonha.
Fernando Brito

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