O caso do magistrado do Ministério Público, Eduardo Mancanha detido em Portugal na pose de dois quilogramas de droga pura, está a ser o mistério, mas acima de tudo possibilidade de ter sido vítima de cabala Em causa estará o seu regresso activo como magistrado, depois de concluir o seu mestrado, estando em preparação o doutoramento. Em activo, o magistrado com processos mais candentes dos últimos anos, podia ser pedra no sapato de muitos. O Movimento contrário e a rápida reacção do Ministério Público sobre o caso, são dois principais elementos de suspeita e que indiciam uma cabala contra o Magistrado.
Segundo analistas, Eduardo Mancanha foi detido no momento em que viajava de Portugal para Guiné-Bissau e não no sentido contrário. Isso leva a questionar, porquê é que o magistrado arriscaria a transportar droga do país de consumo, Portugal neste caso, para aquele onde não se consome, que é a Guiné-Bissau. Apesar das investigações ainda estarem em curso, fontes do UH consideram ser importante essas duas questões serem levadas em consideração, até porque “há uma falta de combinação entre a informação disponível e a realidade imaginária”. Acham as nossas fontes que, ninguém arriscaria transportar droga do país de consumo, para uma placa giratória, sobretudo numa quantidade tão irrisória.
O segundo aspecto objecto de debate a volta desta detenção, foi o facto de ter sido o Ministério Público a fornecer informação sobre a detenção do Magistrado aos órgãos de comunicação social. Questiona-se, qual o interesse, sobretudo quando se trata de um magistrado que há cerca de 3 anos goza de licença de estudo.
Ao analisar a forma como tudo foi tratado pelo Ministério Público, o jurista e activista político, Gervásio Silva Lopes disse que, em todas as publicações sobre este assunto, a fonte acaba sempre por ser o Ministério Público. “É curioso, sinceramente. Como é que foram os primeiros a saber? Porque razão passaram todas as informações para a comunicação social”, questionou num live na sua página Facebook.
Mas as dúvidas do jurista não se limitaram apenas na disponibilização das informações do MP à imprensa, mas no uso de dois pesos e duas medidas por parte do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público em tratar os seus membros. Quando as informações ainda circulavam e mesmo sem ouvir a versão do magistrado, foi rapidamente convocada a reunião daquele órgão para se tratar dessa matéria. Uma das decisões foi instaurar processo ao magistrado e suspendê-lo ainda da actividade, mesmo não estando a exercer há cerca de 3 anos.
“Em 2023 ouvimos um áudio vazado de uma conversa entre o então DG da PJ e o Secretário de Estado da Ordem Pública na época. O áudio implicava claramente o actual PGR na questão da droga. Porque razão não se convocou o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público para debruçar e tomar medidas”, questionou.
No meio de tantas questões, ele chega rapidamente as suas conclusões. O Magiustrado Eduaardo Mancanhe, é nos últimos tempos no Ministério Público aquele com processos mais candentes e o seu regresso a vida activa no Ministério Público podia incomodar certos sectores jurídicos e políticos do País.
Informações disponíveis dão conta que, Eduardo Mancanha não está detido, mas sim obrigado a apresentação periódica em Portugal.