Apesar de fortes críticas aos militantes do partido, Braima Camará, Coordenador do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) continua a classificar de insuficientes as suas aparições públicas e promete responder todos aqueles que o traíram e repor toda a verdade a seu respeito. No último fim de semana no encontro com as mulheres do partido, Braima Camará denunciou que está a ser severamente perseguido pelo regime de Umaro Sissoco Embaló e prometeu que jamais se irá render. Aliás, disse que fez um percurso que hoje não lhe permite “rebaixar” por ninguém, independentemente das funções onde está.
Foi um pronunciamento público com muitos ataques internos e ficou evidente que, figuras como Umaro Sissoco Embaló, Sandji Fati e José Carlos Macedo não escaparam a sua fúria, embora referia de firma indirecta.
Lamentou segundo as suas palavras de estar a ser acusado de ser traficante por “um regime que ajudou a edificar” e disse que jamais foi vítima de perseguição, nem durante as governações do PAIGC, como está a ser agora. “Estou triste. Este regime do qual sou mentor principal; o meu regime, enviou a Polícia Judiciária para sede da minha empresa para fazer buscas e depois encerrar. Mas como já tive ocasião de dizer, não vou parar de lutar”, disse Braima Camará.
Decepcionado com a forma de ser de pessoas no MADEM, Braima Camará numa das passagens da sua intervenção, disse que não acredita nos homens do seu partido, porque não sabem reconhecer. “Como as mulheres demonstraram outra forma de ser, permitam-me falar com vocês, porque já não acredito nos homens do MADEM. Há muita traição neste partido”, denunciou, sem no entanto frisar um caso específico.
Não obstante não chamar nomes, no caso de Umaro Sissoco Embaló, reafirmou ter ajudado este para assumir as funções e prometeu que há de chegar o dia em que, José Mário Vaz virá à público para explicar ao mundo, como é que Braima foi recuperar aquele para as funções de Primeiro-ministro.
De igual modo respondeu a Sandji Fati que lhe chamou de perdedor nato e lembrou ter sido ele quem ajudou aquele a chegar a muitas funções ministeriais. “Mas, como disse, ainda não falei. Vou falar, porque não sou homem para levar desaforo de ninguém. Realizei a minha vida antes de meter na política e no dia em que decidirmos confrontar que cada um explique ao país o que tinha antes de entrar na actividade política”.
Ele lembrou igualmente que, teve sempre a oportunidade de exercer altas funções, sobretudo de Primeiro-ministro, mas sempre recusou, porque não ganhou nas urnas. “Sou democrata e desafiei a mim mesmo de que, só vou exercer as funções de primeiro-ministro se ganhasse as eleições. Todos sabem que a oportunidade não me faltou. Nem para ser Primeiro-ministro e muito menos para ser ministro. Aliás, o que aconteceu é que, aqueles que hoje me chamam de perdedor nato, vieram junto de mim para pedir que os ajudasse a ser ministro”, revelou numa indirecta ao Coordenador do Círculo 28, Sandji Fati.
“No meu regime estão a tratar-me de traficante de droga! Pessoas que ajudei a chegarem ao poder, mandaram criar perfis falsos nas redes sociais para me insultar e caluniar. Mas, devo dizer a todos que, tudo o que tenho, foi antes de entrar activamente na política”.