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José Carlos diz que não hesitará em deter dirigentes do MADEM e acusa o partido de estar por detrás dos tumultos

O Secretário de Estado da Ordem Pública prometeu na manhã de hoje (05) que, se os dirigentes e militantes do MADEM se aglomerarem em qualquer local para acto político, serão detidos. José Carlos Macedo considerou de total desobediência o compoprtamento daqueles que foram detidos no dia 3 de Fevereiro no Aeroporto quando aguardavam a chegada de Braima Camará e disse que o maior arrependimento do momento é o facto de não mantê-los para mais tempo na prisão. Carlos Macedo aproveitou ainda a ocasião para lançar farpas a Fernando Dias e Nuno Nabian que recentemente lançar impropérios ao Governo e ao PR, e assegurou que os dois políticos caíram em desespero por não serem capazes de sustentarem os seus vícios de mentiras e as mulheradas que têm um pouco por todo o país. Ele denunciou ainda que há um plano de certas pessoas em desestabilizar o país e que o seu partido MADEM G-15, está por detrás disso, sobretudo nos tumultos dos alunos em Mansoa na semana passada.

Numa conferência de imprensa promovida para esclarecer a situação que esteve na origem de detenções, José Carlos Macedo garantiu que, enquanto estiver nas funçõpes, todos os actos interditos não serão deixados impunes, caso alguém os praticar. “MADEM é um partido igual aos outros. Braima Camará, é como Domingos Simões Pereira. Se os partidos foram impedidos; se Simões Pereira, até para vir participar no funeral da mãe não permitimos que hajam concentrações, não poderia ser admitido para Braima Camará ser recebido”, disse o Secretário de Estado.

Perante os jornalistas e para que não hajam dúvidas, o Secretário de Estado fez questão de explicar pormenorizadamente como é que a situação desenrolou até chegar à detenções. Disse que na manhã do dia 3 de Fevereiro, por redes sociais, soube que, havia mobilização dos militantes e dirigentes do MADEM para irem receber o Coordenador Braima Camará. Mesmo sem estes enviarem alguma nota ao Ministério, decidiu deslocar-se a sede do partido onde advertiu para que não concentrassem porque está proibida através de um despacho  com conhecimento de organismos internacionais.

Segundo explicou, os altos dirigentes do partido que ali estavam presentes na sede quando lá chegou, afirmaram que não sabiam da concentração e que a intenção seria rapidamente desmobilizada. “Mário Martins, um dos secretários do Partido falou com o responsável da juventude que me prometeu que as pessoas seriam desmobilizadas. Adverti-os que vou ao aeroporto aguardar pelos restos mortais de um dos nossos camaradas da Polícia, mas se encontrar lá pessoas concentradas seriam detidas”.

José Carlos Macedo revelou que, quando chegou ao aeroporto, isto depois de ter conversado com Bamba Banjai e Queba Jaité, encontrou dirigentes do MADEM sentados num dos restaurantes, numa clara violação de ordem estabelecida. “Falei com o Secretário Nacional e o Chefe do gabinete de Braima Camará bem como o seu Cameramen para avançarem para o espaço VIP. Confidenciei ao agente que estava ao lado de mim que, em jeito de intimidação para que simulasse a detenção dos restantes militantes, mas assim que afastar, os deixasse ir embora. Foi o que aconteceu. Lamentavelmente continuaram a desobedecer”.

Depois da primeira simulação de detenção, José Caros revelou ter deslocado a zonas de Bissaquel arredores do aeroporto, porque o voo que transportou os restos mortais ainda não tinha chegado. Quando regressou, baseando nas suas revelações encontrou os mesmos dirigentes do MADEM desta vez em maior número, sentados no local onde já tinham sido aconselhados a não ficar. “Naquele momento me apercebi que estavam, a desafiar a ordem,. Mandei detê-los”, confessou.

Macedo considera de injustiça, se as forças de ordem não tivessem actuado contra os dirigentes do MADEM. “Todos acompanharam o que passou com, os dirigentes do PAIGC. Dispersamos duas marchas e detemos alguns dos seus militantes mais de 3 semanas. Impedimos ao PRS de fazer comício. Impedimos deposição de coroas de flores em datas históricas. Quem é o MADEM ou melhor, quem são dirigentes do MADEM para terem outro tipo de tratamento? Portanto foram detidos sim. O único arrependimento do momento é o facto de fazerem algumas horas apenas nos calabouços. Deviam ficar mais tempo como os outros ficaram”, defendeu.

No Ministério do Interior, a determinação do Secretário do Estado é máxima. “Quero que tirem o Presidente da República, o ministro do Interior ou qualquer outro ministro nesta história. Eu é que sou responsável pela ordem pública, eu é que dei ordens. E reafirmo: se o Braima Camará aparecer amanhã em Cupilum e as pessoas se concentrarem, serão detidas. E se forem, detidas desta vez, passaram mais tempo na prisão. Já avisei ao Comissário que nem a porta será aberta para visitas”.

 

Discursos tristes, nenhum bom ofício aconteceu

Com uma linguagem prática, José Carlos ao deixar os acontecimentos de 3 de Fevereiro (dirigentes do MADEM) falou da situação política do país. Neste particular centrou-se nas acções dos partidos, mas também de Nuno Nabian e Fernando Dias. Nos partidos, acusou o MADEM de estar por detrás dos tumultos de Mansoa com, o impedimento da entrada dos dirirectores. De igual modo condenou o comunicado emitido por MADEM que denuncia alguns comportamentos dos militantes.

“Mas limos um comunicado no qual chamaram-nos de capangas do PR e pessoas que sequestraram as instituições. Capangas são eles, porque sabemos da vassalagem, que prestam ao PR. Sequestro às instituições, mas os seus dirigentes ainda continuam lá. Porquê é que não saem? Sabem a razão, por causa da barriga, como um deles disse. Porque aparecem em pública para criticar, a noite recebem envelopes. Jamais quererão sair do Governo”, acusou.

No dia 4 de Fevereiro, o MADEM fez o seu Conselho Nacional. Antes da intervenção do Coordenador, José Mário Vaz fez questão de pedir palavra para apelar o bom senso entre os ‘mademistas’ nessa polémica. Ele falou dos bons ofícios que terá desenvolvido junto do PR, Braima Camará e dirigentes da AD. Mesmo sem pronunciar o nome de JOMAV, José Carlos disse que não houve nenhum bom ofício. “Ninguém fez bons ofícios junto de nós. Quem foi pedir, foi o Soares Sambú. Mas estes que alegam ter feito bons ofícios, porquê não o fazem com o PAIGC”, questionou.

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