Foi uma entrada triunfante. O Presidente do PAIGC, líder da Plataforma da Aliança Inclusiva – Terra Ranka que se encontrava há cerca de três meses no exterior regressou hoje (16) ao país para participar na campanha eleitoral para as legislativas de 4 de Junho próximo e teve uma recepção apoteótica., Basta dizer que, a tarjectória Rotunda do Aeroporto/Centro da cidade, numa distância de 8 Km, foi feita em cerca de duas horas.
Vindo das zonas de Ziguinchor via terrestre, contrariamente a expectativas de muitos que esperavam uma chegada aérea e depois de acções de campanha, uma naquela Região do Senegal e outra na capital daquele (Dakar), Domingos Simões Pereira teve a sua primeira paragem ainda no norte, no sector de Bula, onde visitou o Régulo local.
Pode-se dizer que a visita ao Régulo funcionou como um compasso de espera para o início de uma mobilização que os militantes do PAIGC (da PAI – Terra Ranka) fizeram para responder o recente regresso de Braima Camará, Coordenador do MADEM. Com o trânsito totalmente bloqueado e sem qualquer necessidade de elementos de segurança, a chegada de Domingos Simões Pereira ao Aeroporto, assegurada apenas pelos militantes do PAIGC, foi uma explosão de alegria incomensurável para os colegas do partido e fãs em particular. Como resposta, Domingos Simões Pereira (DSP, Sol maior) com o seu habitual boné, portando uma camisa Jeans azul, apareceu na parte descapotável do carro que o transportava e aumentou a explosão. Acenou, mostrou o seu habitual sorriso e muitos gritar 
am: “matchu tchiga“. Matchu, é nome familiar de Domingos Simões Pereira, mas acaba por ser, no tradicional guineense, um rótulo de valentia para um homem com H.
As expectativas de algum incidente foram momentaneamente esquecidas e deram lugar a rumarias dos Bairros, dos mercados, dos armazéns, das lojas, das estações de combustíveis, das escolas superiores e de muitos militantes, simpatizantes do PAIGC, bem como curiosos que queriam compreender o que estava atrás de tanta “mobilização e alegria da população. Havia quem gritava “salvador tchiga”; outros (talvez aqueles que nunca aceitaram os resultados eleitorais diziam “presidente tchiga” e há quem inventa uma música que de repente dominou a caravana: “anós no cata da dinheiro, pa cumpra voto”.
Esta canção é uma clara indirecta dos militantes e simpatizantes do PAIGC aos seus adversários políticos que supostamente “pagam 2500 Fcfa” ou oferecem camisolas aos jovens ou ainda fazendas as mulheres e demais interessados para engordarem as recepções dos seus líderes ou dos convidados.
Finalmente a campanha do PAIGC iniciou
Paga ou não, a recepção de Domingos Simões Pereira foi gorda. O cordão humano não dava para determinar a distância, mas eram de facto muitos. Muitos mesmo. A ideia do PAI-Terra Ranka não ter dinheiro para fazer a campanha, não foi tema, sequer.
Sentado no descapotável do carro (a parte panoramica), tudo por onde passava, Simões Pereira distribuia sorriso, e, isso parecia despertar outros sorrisos nos próprios dirigentes do seu partido. “Afinal, a campanha do PAIGC teve um atraso de três dias, porque para muitos, só hoje iniciou. E foi a valer”!, comentou um dirigente que estava incrédulo com o que via, na Avenida Combatente da Liberdade da Pátria, ex-14 de Novembro, que Umaro Sissoco Embaló quis rotular de Avenida dos Combatentes e do General João Bernardo Vieira, mas não tem conseguido. Pelo menos, o nome que, de resto é oficial, não é conhecido por todos. E nem é chamado, por ninguém. Numa crítica a administração de Umaro Sissoco Embaló, há quem questiona se as Avenidas Macky Sall, Sassou Nguesso, Muhamud Buary, não podia ter o nome de combatentes guineenses..
A mobilização espontânea com que se recebeu o presidente dá experança e vem provar mais uma vez que, a cidade de Bissau é dominada pelo PAIGC desde início da democracia e certamente confirmará nas próximas eleições.
Muitos que já haviam caído em desespero, parecem ter ganho novamente a esperança, porque, mesmo não sendo o PAIGC a concorrer, a Plataforma da Aliança Inclusiva – Terra Ranka, nome da coligação liderada pelo PAIGC, já deu sinal de ser conhecida e ganha uma vantagem de ter uma “casa” como o seu símbolo.
Sem acompanhamento órgãos de comunicação Social, o regresso de Domingos Simões Pereira teve uma cobertura mediática de privados, mas principalmente de plataformas digitais, e claro do jornalista cidadão com os seus directos. É neste directos é que era possível dizer tudo. Dizer que, os ladrões (refira-se aos seus adversários políticos) vão ser corridos, que aqueles que não querem a escola, estão a matá-la no país, ou ainda a campanha de castanha de caju será salva a partido do mês de Junho próximo.
