A Resistência da Guiné-Bissau/Movimento Ba-fatá através do seu presidente, Fernando Mendes afirmou que as exigências que estão levar a cabo contra o PAIGC não visam proibir a participação dessa formação política no pleito eleitoral, mas sim, querem somente que cesse a usurpação de símbolos nacionais e que se apresente às eleições com símbolos que não ponham em causa a unidade, nem os ditames das leis.
As referidas declarações foram proferidas durante uma conferência de imprensa realizada no passado dia 25 de Abril, com o propósito de esclarecer ao povo guineense sobre o processo que intentou contra o PAIGC junto dos tribunais.
Fernando Mendes disse que, o encontro com profissionais da comunicação social para explicar a iniciativa do seu partido visava apenas transmitir e repor a verdade, a justiça e a legalidade democrático, pondo fim a utilização de símbolos nacionais e patrimónios do povo para fins puramente eleitorais, dos acontecimentos que continuaram ciclicamente acontecer.
Mendes destacou que, a RGB quer preservar a memória colectiva dos guineenses e realizar os altos desígnios nacionais que valorizam e dignificam os combatentes da liberdade da Pátria, acabando com maldosa propaganda politica que, a formação política sobre quem recaem as suas acções judiciais, tem perpetrado há mais de 25 anos da democracia nacional. “Não visamos proibir a participação do PAIGC no pleito eleitoral. O que queremos é que cesse a usurpação de símbolos nacionais e que se apresente às eleições com símbolos que não ponham em causa a unidade, nem os ditames das leis”.
“Os representantes desta formação política alegam que a RGB M/B consentiu anos a fio a participação desse partido nas eleições com símbolos recalcados nos símbolos nacionais, que inequivocamente confundem o eleitorado. Por isso não se compreende o cinismo desse partido, ao ponto de pôr em causa a idoneidade da RGB M/B, o partido cuja abnegação dos seus fundadores permitiu que os seus detractores tivessem hoje a liberdade de se expressar. Compreendemos perfeitamente a perturbação e a frustração desses propagandistas, vendedores da banha da cobra, responsáveis pela degradação e o comportamento fraudulento que imperam no nosso país, em suma, a perda de valores morais e humanas”, atacou Fernando Mendes.
O líder político questionou como poderia alguém, em perfeito juízo , pensar que a RGB M/B cujos princípios que norteiam a sua criação, fundam-se na pluralidade, liberdade de pensamento e de acção, na economia de mercado e no respeito pela pessoa humana, sendo esses valores pelos quais esse grupo de jovens, hipotecou a sua vida, renunciando privilégios decorrentes das suas capacidades técnicas, intelectuais e profissionais, encarnaram e lutaram, que seria mais fácil, aceitaria ser manipulado. “Esses jovens, não eram estagiários, nem jovens a procura do primeiro emprego, muito menos subsídios dependentes, mas sim profissionais com créditos firmados no mercado”, assegurou num elogio aos fundadores do seu partido.
Fernando Mendes lembrou que a RGB M/B desde o período de transição e durante os trabalhos das comissões de transição em que participarem os seus elementos, colocou vezes sem conta, o problema do uso abusivo dos símbolos e patrimónios imateriais do Estado e foi lhe sempre negado e, a RGB M/B votou sempre vencido.
“Sublinha-se que, várias ocasiões, quer durante o período de transição, bem como nas primeiras legislativas em que esse partido deteve maioria absolutas, mesmo perante fortes argumentos apresentados pelo seu partido sobre a necessidade de repor a justiça preservando os símbolos nacionais, factores estruturais e da promoção de paz e a unidade nacional, sempre foi negado. Com tudo isso, eles fazem transparecer a sua posição de partido Estado, comportamento esse que indica que o país e os guineenses são a sua propriedade privada”.
Mendes defendeu que o PAIGC fala da democracia e perpetra a ditadura e julgando-se estar acima da lei.
O presidente da RGB M/B, convidou aos militantes do PAIGC que continua a julgar-se o dono da Guiné-Bissau e a sua memória histórica, para olhar para o exemplo de países democráticos e daí retirar devidas ilações.
O político convida também aqueles que considerou de seus detractores, no sentido de revisitarem os debates no parlamento em todas as legislativas que a RGB M/B esteve representada e facilmente identificarão inúmeras posições dos seus deputados quanto aos símbolos nacionais.
Fernando Mendes lembrou do passado recente quando foram solicitados pela ANP a dar a sua contribuição, na ocasião da revisão constitucional, consagraram dois capítulos, um sobre o preâmbulo de Constituição e o outro sobre os símbolos e o hino nacional. “A luta não é de hoje, vem desde a abertura do sistema democrático e de multipartidarismo”.
Aquele responsável afirmou ainda que é falsa, maldosamente e caluniosa a afirmação de que a RGB M/B só agora levantou a questão dos símbolos e o património material e imaterial do país, sendo que sempre defenderam esta posição por entenderam que são factores de promoção da unidade e coesão nacional.
Por último, enalteceu que, a RGB M/B, por princípio e pelo respeito das instituições do país, não fala sobre os processos que se encontram nos tribunais, porém assegurará ao povo guineense que respeitará qualquer decisão do tribunal, esgotados todos os meios que a lei lhe reserva e também assegura ao povo guineense que, tal como lutou para hoje que haja a liberdade de expressão e pensamento, formação de partidos políticos, confissão religiosa, em suma acabou com a ditadura do partido único, vai lutar sem medo para devolver a dignidade ao povo guineense, permitir que se dispunha da sua memoria histórica e o património material e imaterial.
Ussumane Djau Baldé