O início da campanha de castanha de caju do ano 2023, está a ser catastrófico para os produtores. O preço de base de 375 Fcfa estipulado pelo Governo aquando da abertura da campanha nos princípios do corrente mês não está a ser respeitado em nenhuma parte do país. A castanha é vendida por 250 Fcfa e existem zonas em que a situação é mais grave, onde os produtores são obrigados os donos da castanha são obrigados a disponibilizar dois sacos e meios de 50 quilogramas de castanha, para obterem um de arroz.
Nessas zonas, a castanha é vendida no preço de 200 Fcfa. A situação tem sido frequentemente denunciada, mas não existem quaisquer medidas correctivas. Neste momento, na maioria das zonas da Guiné-Bissau, um saco de arroz custa 23 mil Fcfa e o mais barato está nos 20 mil. Um quilograma oscila entre 475 a 500 Fcfa dependendo da qualidade.
Como se tudo isso não bastasse, o país está abraços com um problema de até agora não conseguir exportar cerca de 50 mil toneladas de castanha do ano passado. Como não se quer que haja mistura de qualidade, os donos dessa castanha estão a exigir do Governo uma espécie de subvenção para poderem exportar a mesma.
O Governo por sua vez mostra-se impotente para dar solução ao problema tendo em conta que, o país está abraços com demais problemas e a exportação da castanha restante não se afigura como prioridade.
A reportagem do Jornal Última Hora tentou junto dos produtores perceber como é que isso está a acontecer, mas a única justificação dada é a falta do mercado e de fiscalização.
A verdade é que a única excepção a regra é o facto de algumas zonas do país venderem cerca de 250 Fcfa, mas no considerado mercado alto.