Sociedade

Suspensão das admissões nas áreas de saúde e educação provoca choque entre o Governo e os sindicatos

O Presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA) Yoio João Correia reagiu numa conferência de imprensa a decisão do Conselho de Ministros que determinou suspensão das admissões no aparelho de Estado concretamente nas áreas de saúde e educação. O sindicalista disse que o Estado guineense não deve tentar minimizar as duas áreas e que o Governo devia pensar em termos de emissão de licenças, funcionamento e fiscalizações das escolas de formações nesses dois sectores. Não obstante essas críticas, o sindicalista admite que, existem muitas vezes as escolas que não dispõem de mínimas condições para formar as pessoas. Segundo ele, se essas são áreas prioritárias de acesso à Função Pública onde a população anda a procura de saídas para emprego. Por isso, João Correia entende que, o Governo deve emitir licenças para quem tem condições para formar, bem como as sua supervisão e com um concurso sério para ingresso no aparelho de Estado.

O Presidente do (SINETSA) disse que, enquanto sindicato que defende os interesses e direitos dos trabalhadores da área de saúde, a decisão de Governo é inadequada, porque os argumentos utilizados “são inconvincentes”, e pobre quando diz que, os Ministérios de Saúde, Educação incluindo o Ministério da Defesa e Segurança estão com excesso do pessoal.

O sindicalista considerou de desajustada a decisão porque, há ainda necessidades nesses sectores, tendo em conta que no país, concretamente no interior. A título de exemplo referiu que, no interior neste momento, um centro de saúde com um ou dois técnicos  e muitas das vezes com cansaço de trabalho a pessoa fecha o centro. Acrescentou ainda que, mesmo nas outras situações dos centros urbanos, cidades satélites nos centros regionais, ainda continuam a ter necessidade dos profissionais de saúde.

Ele defendeu que, os centros de saúde a nível regional são pensados no volume e do nível da população, pelo que não basta dizer que o referido centro deve ser afectado com 100 técnicos ou não. “Cada centro tem de ser pensado de acordo com número das pessoas que vão utilizar o centro, não só em termos numéricos como as pessoas pensam”.

O Presidente disse ainda que haverá sempre necessidade nessas duas áreas, porque querendo ou não, há pessoas que vão para reformas, adoecer, falecer e aqueles que irão procurar melhores condições de trabalho. “Por esta razão os países mais desenvolvidos do mundo continuam ter as mesmas necessidades nos dois sectores”.

Yoio João Correia assegurou que, a questão de argumento que a massa salarial é aumentada por causa dos referidos sectores da vida pública, o Governo devia pensar melhor, porque é assistida na Presidência da República e em diferentes áreas da administração pública são ingressados diferentes pessoas até dos conselheiros que se desconhece de que área pertence com salários e regalias se calhar de um conselheiro, cargo político é superior a mais de dez técnicos. “É o que devia pensar e estancar”, aconselhou.

̎Enquanto sindicato nós ainda não temos poderes para fazer colocações. Elas têm  sido de inteira responsabilidade dos governantes. E, em nenhum momento estamos de acordo com estas colocações. A forma como têm tido feitas, infelizmente não dão bom resultados. O que Governo deve fazer é pensar em outra forma de recrutamento e criar critérios e objectivos da entrada na Função Pública. Não tomas as medidas que irão pôr em causa de acesso a educação e saúde  ̎, finalizou o sindicalista.

Ussumane Djau Baldé

 

 

 

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