Sociedade

Pesca interdita na ZEE durante 30 dias

O ministro das Pescas disse a imprensa dia 22 de Dezembro que será observado na Guiné-Bissau de 1 a 31 de Janeiro próximo o período de repouso e de pausa nas actividades de pescas nas águas territoriais da Guiné-Bissau. A maior novidade que acontece no país pela primeira vez no sector das pescas, será fortemente fiscalizado o seu cumprimento. O ministro revelou que, para o cumprimento dessa medida, o Governo decidiu que, o patrulhamento marítimo a cargo de Marinha de Guerra Nacional será reforçado, com três navios de grande porte que vão até 200 milhas e três de dimensão média além, sem contar com as pequenas embarcações. Mário Fambé assegurou que os prevaricadores dessa decisão serão aplicados multas a dobrar.

No continente foi instalada uma equipa de monitoramento para acompanhar os trabalhos de  implementação do período de repouso biológico, acompanhados de “ampla campanha” de difusão  e sensibilização  para disponibilizar à opinião pública  toda informação actualizada.

“Foi uma iniciativa do Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA). Por ter sido fundamentado cientificamente teve o acolhimento não só do Ministério, mas do Governo no seu todo. O que está em debate hoje, é a implementação  do período de repouso biológico e o papel do Serviço Nacional da Fiscalização das Atividades de Pesca pelo seu papel no combate, sem tréguas. Temos noção clara tratar-se de uma missão de alto risco, de combate, mas infelizmente é a única forma  de garantir a perenidade dos nossos recursos pesqueiros”, destacou o ministro.

Tratando-se de uma decisão tomada pela primeira vez na história do país, o ministro não tem dúvidas que 1 a 31 de janeiro ficará gravada na memória  de todos os guineenses como um marco importante  na preservação  e conservação dos recursos  pesqueiros nas nossas águas territoriais. “No essencial dessa decisão ´~e que, a pesca na Zona Económica Exclusiva  da Guiné-Bissau estará completamente interditada. Trata-se, com certeza,  de uma decisão corajosa e necessária, uma vez que os dados  científicos  confirmam  que a biomassa de espécies comercialmente importantes sofreu declínio e recomendaram vivamente  a implementação de um período de repouso biológico”, prosseguiu Mário Fambé.

O ministro salientou que essa medida, embora sendo uma novidade, enquadra-se perfeitamente nas competências e obrigações do Estado, mas também a similitude de adopção das decisões com os países vizinhos. “A Guiné-Bissau, enquanto um país costeiro rico em biodiversidade marinha, não podia ficar  indiferente aos outros países da sub-região,  onde o período de repouso foi implementado, por diversas vezes. A lei geral  da pesca  em vigor consagra como uma das principais  obrigações  do Estado assegurar  a implementação  das medidas de preservação  e gestão sustentável  dos recursos biológicos  aquáticos  e do ambiente marinho  e aquático, bem como  de prevenção  de perigos  para renovação  sustentável  dos recursos”, disse.

 

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