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VI Congresso do PRS de polémica em polémica será adiado e com probabilidade de ter lugar só em 2022

O concorrido e controverso congresso do Partido de Renovação Social (PRS) com treze candidatos a liderança e um  a Secretário-geral, já não vai ter lugar de 16 a 19 de Setembro próximo e corre o risco de acontecer só em 2022. Em causa está a suspensão dos trabalhos devido ao Estado de Emergência e a imprevisibilidade do fim de COVID-19 na Guiné-Bissau. Depois da suspensão dos trabalhos pela Comissão organizadora invocando as regras de confinamento por causa da Covid-19, a situação acabou por agravar com o Estrado de Emergência Declarado e que agravou medidas de confinamento. A Comissão Organizadora do Congresso (COC) ainda não fez nenhum trabalho digno de nome, com excepção de recepção das candidaturas, mas o seu presidente, Orlando Viegas considera de inqualificáveis as críticas feitas depois da suspensão dos trabalhos.

O estado de emergência deverá terminar apenas no mês de Setembro, quando faltarão apenas 8 dias para a data inicial. A COC, segundo soube o UH, deverá remeter uma propostas de novos trabalhos para os órgãos decisores do partido, neste caso o Conselho Nacional composto por 499 elementos. Sendo o órgão máximo deliberativo do partido entre os Congresso deve ser de novo convocado para analisar os motivos de alteração e as novas propostas. A convocatória daquele órgão é feita pelo presidente e neste momento, Alberto Nambeia ausente no país em tratamento médico.

Fontes do partido garantiram que, na eventualidade do levantamento do Estado de Emergência os órgãos do partidos serão obrigados a reunir para marcar uma nova data, até porque dos trabalhos básicos, a Comissão ainda não fez nada.

As conferências de base para a escolha de delegados ainda não foram realizadas. E mesmo antes de terem lugar já provocaram um conjunto de reclamações, sobretudo o regulamento no que diz respeito a escolha de delegados. A Comissão propõe que escolha dos delegados seja mediante a lista, como foi aprovado no regulamento submetido ao Conselho Nacional, mas os cinco candidatos que assinaram a carta consideraram “essa opção” como sendo uma estratégia fraudulenta.

O que é verdade é que tudo está pendente. Ainda não se fez de concreto nenhum trabalho, embora todas as candidaturas já foram apresentadas. A Comissão alega que não tem condições de reunir, devendo mesmo observar as regras de confinamento, enquanto demais candidatos acham que não há motivos para suspender os trabalhos.

Os contestatários endereçaram uma carta a Comissão na qual levantaram suspeitas de vária ordem sobre o funcionamento da Comissão chegando ao ponto de considerar que, a Comissão apoderou-se do espaço de armazenamento dos cartões, estando neste momento a emití-los a favor da candidatura de Alberto Nambeia. Esta acusação já tem a resposta da própria Comissão que entende que, prevenir eventuais contestações fundamentadas é melhor do que ceder as chantagens sem fundamento.

 

Anselmo Mendes pode ser candidato a Secretário-geral para o projecto de Alberto Nambeia

Entretanto a polémica no PRS continuou. A Comissão ainda não comunicou o adiamento, mas todos os candidatos já estão cientes e alguns até deixaram o país para gozar de férias no exterior. As campanhas dos candidatos foram suspensas, porque o decreto do Estado de Calamidade interdita reuniões com o número superior a 25 pessoas. “Aqui os fundamentos da suspensão dos trabalhos são factíveis. Agora, o que não podíamos aceitar, foram os fundamentos apresentados pela Comissão aquando da suspensão dos trabalhos no último dia da candidatura. Era uma estratégia de poder permitir a entrega de uma outra candidatura para o cargo de Secretário-geral. Isso não será admitido. O Prazo acabou no dia 16”, disse um dos candidatos reforçando o que consta na carta enviada a COC.

No PRS, uma decisão já está tomada para aqueles que não são da direcção ou da Comissão Organizadora. Tendo em conta que a Comissão prometeu manter 5 horas para entrega de mais candidaturas no caso da retoma dos trabalhos, os opositores dessa ideia prometeram que, no dia em que entrar mais uma candidatura, vão entrar com uma acção judicial. “O que aconteceu é que todos eles têm olhos em função de Presidente. Se Alberto Nambeia ganhar, nomeia-os para os cargos de vice-presidente. Ninguém se preocupou com o cargo de Secretário-geral. Quando viram entrar uma candidatura, que sendo única, automaticamente já é Secretário-geral decidiram inventar aquela situação. Mas estamos atentos e não será permitida qualquer entrada nesse sentido”, garantiu.

Última Hora soube de fontes do PRS que, depois do falhanço de João Alberto Djatá, o candidato que está a ser preparado é Anselmo Mendes, actual, Director do Projecto de Pescas. A sua candidatura deverá ser apresentada nos 5 horas restantes e estará anexa a candidato de Alberto Nambeia.

De momento não se sabe o que será feito, mas a verdade é que, o Congresso vai ser adiado. Ao concretizar o adiamento, a Comissão deverá informar ao Conselho Nacional e consequentemente apresentar uma data. A seguir, o Conselho Nacional com 499 delegados vai reunir para deliberar uma nova data. Os candidatos contestatários entendem que, o bom  senso perante esta situação era a COC reunir com  todos eles e passar informações sobre a situação prevalecente.

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