Sem Categoria

Umaro Sissoco Embaló nega reconciliação e exige reunião do CN do MADEM para apresentar a sua versão

A desejada reconciliação entre o Movimento Alternância Democrática e o Presidente da República, não vai acontecer a curto prazo. Tudo porque, segundo fontes do partido, o Presidente da República exigiu que fosse convocado uma reunião dos órgãos do partido para que esteja presente e poder apresentar a sua versão sobre os factos e os ataques de que foi alvo. Conforme as nossas fontes no partido, Umaro Sissoco Embaló não aceita qualquer pedido de desculpas que não seja naquele órgão. Essas exigências já foram do conhecimento do Coordenador do MADEM  que, para além de afastar qualquer possibilidade do órgão ser convocado para esse efeito, está a ponderar uma nova aparição pública sobre esta polémica. Braima Camará tem sido persistente em dizer não a ditadura, mas fontes do MADEM, asseguraram ao UH que, existem novos motivos para o partido e o seu Coordenador insurgiram contra o Chefe de Estado e que isso deverá acontecer brevemente com mais frontalidade. Esses motivos estão ligados a possibilidade de retirada do corpo de segurança de Braima Camará e o corte do fornecimento de energia no Hotel Malaika, propriedade de Braima Camará.

As exigências de Umaro Sissoco Embaló foram, uma espécie de travão no processo da mediação desse conflito iniciado nas reuniões do partido. Os primeiros dirigentes que interviram junto do Chefe de Estado mostraram o risco que um eventual conflito entre as duas figuras pode ter e pediram para que fosse ultrapassado. Na sua primeira resposta, o PR acusou o líder do MADEM de ter convocado os órgãos do partido para dar oportunidade aos demais militantes para poderem atingi-lo. A seguir, advertiu que, se não houver uma reunião do Conselho Nacional no qual ele mesmo pode tomar parte, a situação pode complicar.

Apesar dos primeiros a ouvirem isso tentarem contrariar o PR, alegando vários factores começando pela inconstitucionalidade da presença de um Chefe de Estado na reunião de um partido até na possibilidade de humilhação de Braima Camará, a verdade é que Umaro Sissoco Embaló manteve as suas exigências. Um alto dirigente do partido próximo ao PR admitiu que o assunto estava a ser negociado para que abdicasse, mas outros afirmaram que nunca consideraram aquela possibilidade por ser humilhante.

Talvez seja por isso que, no dia 09 de Agosto aquando do encontro com os quadros do partido, o Braima Camará voltou a afirmar que as reuniões dos órgãos do partido era para resolver os problemas internos. Depois disse que não compactua com, a ditadura e jamais seria um yes man.

 

Corte de energia no Hotel Malaika e retirada de segurança ao Braima Camará

Apesar de carecer de confirmação, a presente crise tem levantado uma onda de especulação sobretudo na possibilidade de reacção de Umaro Sissoco Embaló. Dias depois da reunião dos órgãos do MADEM, falou-se na possibilidade do pessoal segurança colocado atrás e na casa do Braima Camará fosse mudado. Essa informação foi colocado em causa, mas dias depois se viu Braima Camará sem segurança  numa das reuniões do partido. A mesma foi melhorada em como o ministro do Interior tinha medo de cumprir a ordem, pelo que preferiu apenas mudar aqueles que já lá estavam.

O segundo elemento que continua a alimentar essa polémica é a possibilidade da EAGB cortar o fornecimento de energia ao Hotel Malaika, propriedade de Braima Camará por alegadas dívidas. Essa possibilidade é mais consistente, até porque um alto dirigente do MADEM próximo a Braima Camará disse ao UH que, assim que aconteceu o corte falou com um dos responsáveis da EAGB para lhe chamar atenção sobre o cumprimento de ordens ilegais. “Há uma deliberada intenção de Umaro Sissoco humilhar Braima Camará, mas não vai conseguir. O partido MADEM vai ficar ao lado de Braima Camará”, disse o nosso interlocutor. Sobre a dívida de Malaika, a nossa fonte revelou que ela existe e que ficou agravado com os efeitos da pandemia.

“O Braima paga cerca de 7 milhões de Fcfa/mês. Com a a pandemia de Covid-19, certamente que não consegue pagar regularmente e tem, negociado. Agora, é estranho estas questões estarem a ser levantados pela EAGB”. Mas no caso do corte do fornecimento de energia, os dados postos a circular são quase iguais da nossa fonte. A gerência do Hotel recusa prestar qualquer declaração nesse sentido.

 

Related Posts