Contribuição da Iniciativa WINS na luta contra Doenças Tropicais Negligenciadas (MTN, sigla francesa, DTN sigla portuguesa) foi na manhã hoje (21 de Agosto) tema de um Webinare entre os jornalistas da REMAPSEN e a Fundadora e Directora-Geral da WINS com sede nos camarões. Durante uma hora e meia de interacção com profissionais de media de mais de 17 países, falou-se das acções de investigação que a organização tem levado a cabo sobre Doenças Tropicais Negligenciadas em África e a forma como a organização actua junto das escolas e comunidades para a sua prevenção. Epee Emilienee não garantiu a possibilidade de erradicação da doença daqui a 2030, mas garante que a sua organização vai continuar a trabalhar para que a erradicação tenha impacto. O que não tem sido feito a volta de doenças tropicais negligenciadas são financiamentos, por isso, alertou aos governos africanos a alocarem verbas para a prevenção da doença.
São mais de meia dezena de jornalistas que ouviram a Directora-Geral da Wins, que tem trabalhado em parceria com Speak UP África a afirmar que, até nos organismos internacionais, o financiamento destinado à MTN “é irrisório”. “É preciso que, as autoridades nacionais invistam, de modo a fazer face as mesmas. Speack UP elogia as acções da WINS que surgiu recentemente, mas na verdade, os orçamentos de saúde pública não são alocadas para a luta contra MTN. São doenças que devem ser financiados, documentados e seguidos”, disse Papa Mohamar Turé da Speak UP África.
Emiliene Epee no que diz respeito ao sucesso da luta, disse acreditar que, se a mensagem passou junto dos jornalistas, é porque há fortes possibilidades de existir, porque são técnicos que conseguem interagir com as comunidades.
Professora titular de um diploma de epidiomologia, Emiliente Epee que existem várias doenças tropicais negligenciadas e todas elas estão ligadas a saneamento, higiene e … também disse que, há ligação entre a mudança climática com o progresso dessas doenças.
A estratégia que utilizam nas suas investigações é trabalhar com alguns organizações que suportam as mulheres, através de acções de sensibilização que são iniciadas na escola.
Ela recusou falar das zonas onde há mais doença dessa natureza assegurando ser, preferível falar do tratamento em massa. “Neste momento não podem falar em resultados, mas existem estruturas disponíveis a ajudar. Até 2030, Wins vai ter resultado, mas não garante a erradicação, até porque muita coisa não depende deles. Existem factos”.
Wins é uma organização social com fins não lucrativos e sem política. É uma iniciativa pioneira visando capitalizar autonomização da mulher. Agrupa especialistas em diferentes áreas e utilizam esta estratégia para catalisar soluções inovadoras e contribuir para um mundo sem exclusões, sobretudo para as mulheres. Em resumo, Wins quer contribuir para a redução do sofrimento e o slogan “é mulher engajada contra doenças neglienciadas e soluções para os problemas”.
WINS nasceu há cerca de três anos e o objectivo é trabalhar mais com a mulher, porque ela é uma das vítimas. No fundo, não querem ocupar apenas das mulheres, mas contribuir para a diminuição DTN, passando pelas mulheres. “Se as mulheres são a origem, queremos começar com elas, para que compreendam, e depois passar pela outras franjas sociais. Fazer as mulheres compreenderem o que passa na comunidade. Queremos atacar os problemas, indo para o campo geocultural e geoestratégico. Porque se trabalharmos e tivermos sucesso numa comunidade, a outra próxima pode juntar-se”.
Perguntada sobre a forma como querem actuar a nível do continente, Epee Emilienee respondeu que, ainda estão nos Camarões, mas vão expandir, porque sempre disseram que querem ir mais países e as mulheres que se preocupam MTN, podem buscá-los.
Sobre o modo de intervenção nas comunidades, primeiro tentam perceber como está em termos da própria noença, modos actuandi e a noção sobre as causas. “Em função dos resultados, fazemos trabalho para que a comunidade compreenda. É nas comunidades e durante discussão é que escolhemos animadores locais para trabalhar na mesma comunidade”.
Quais são as doenças tropicais negligenciadas e como evitá-las?
Ao responder essa pergunta, disse que, só nos Camarões existem 17, doenças. Mas, advertiu que, cada país tem as suas doenças tropicais negligenciadas e os nomes dependem. “Elas são classificadas em dois grupos. Polisiotramissivos. São doenças transmissíveis e são tratadas. Quando chegamos comunidades damos medicamentos a todos, para evitar a taxa de transmissão. Lutamos para que a doença nãio seja um problema. Existe um outro grupo, filaiosonefatigo. São pessoas de comunidades é que sabem quem está doente. Queremos que cada um tenha acesso ao tratamento”, afirmou a Director advertindo que, DTN é multissectorial, porque muitos mesmo pessoas que trabalham na energia, podem contribuir.
Quanto aos métodos que utilizam reafirmou que fazem mais investigação, concebem projectos e depois vão procurar os resultados para dar impacto as estratégias actuais. Não têm financiamento, mas, sendo diversificado, acabam por juntar-se a outros parceiros. Desde cedo estão no terreno e têm parceiros com quem trabalham. Os parceiros os acompanham e dão as promessas.
Quanto as maiores dificuldades que enfrentaram, assegurou que são bloqueados pelos próprios limites. Porém, usam estratégias que pensam serem eficientes para a propagação da mensagem. Nas escolas, falam com as crianças, porque as suas investigações, fazem-nas mais nas escolas e na comunidades. “Mais nas crianças, porque elas se juntam para brincar. Ensina-se a lavar as mãos e a cara. Falar-lhe das condições de higiene e elas (crianças) seguem para as comunidades para disseminar o que aprenderam. São as mulheres que são mais tocadas, porque têm o controlo das crianças”.