Política

Ex-Governantes regressam as suas residências e vão entregar passaportes ao Tribunal

Falso alarme ou partida falsa. Suleimane Seidi e António Monteiro, ex-ministro das Finanças e ex-Secretário de Estado do Tesouro respectivamente  apresentaram-se esta manhã (15) no Tribunal de Relação no âmbito das medidas de caução aplicadas pelo Desembargador na sexta-feira (12), mas receberam ordens de regresso a Casa, porque o Tribunal, segundo alegaram ainda não concluiu a preparação do termo de apresentação periódica. O advogado congratulou com este procedimento, mas chamou a atenção sobre as manobras e mãos ocultas por detrás deste processo. Manobras que, segundo afirmou, visam criar todo o ambiente de poder deter de novo os dois, ou alegar que fugiram do país.

O advogado dos dois governantes abraços com processos judiciais no âmbito do caso 6 biliões de Fcfa, disse existir uma manobra de convidar os seus constituintes a tomarem uma postura contrária a lei, para depois invocar mecanismos legais para a suas detenções.

Luís Vaz Martins adiantou que, os seus vão permanecer no país, mas alertou que a justiça está a ser manipulada por Umaro Sissoco Embaló. Uma das provas dessa manipulação, foi quando o PR afirmou aquando do seu regresso da China que, se não quisesse que os dois fossem libertos, jamais seriam.

Por isso, Luís Vaz Martins acha que a luta contra a manipulação da justiça não deve ficar apenas nos advogados, mas toda a sociedade guineense. Quanto a emissão de mais um mandado de recondução dos dois a prisão emitido por Liga Djassi, Luís Vaz Martins denunciou a incompetência de um magistrado suspenso para tomar a decisão daquela natureza, mas não tem dúvidas que se tratava de mãos ocultas que atacam a justiça.

Vaz Martins qualificou de estranho o facto dos seus constituintes terem sido mantidos com passaportes, quando na lei devia ser retidos. O causídico garantiu que, vão requerer a entrega dos passaportes, de modo a provar ao país que, Suleimane Seidi e António Monteiro “nunca vão fugir do país”.

“Quem aplicou caução de 60 milhões de Fcfa a cada um deles; que estabeleceu TIR de forma agravada, tinha a obrigação de lembrar a retirada de passaportes. Mas retiraram, porque tinham outras intenções. São manobras. Queriam dar oportunidade aos dois para fugirem. Aliás, houve esses convites de sair do país, mas os nossos constituintes disseram não. Não vamos fugir e nem vamos pedir exílio. Enfrentaremos este processo. E é o que vai acontecer. Se não acontecer nenhum paradoxo, eles vão estar aqui na sexta-feira (19)”, garantiu.

A ocasião serviu para Vaz Martins denunciar as irregularidades que estão a serem cometidas neste processo desde processo de suspensão do Desembargador até a intervenção do presidente interino. “Um juiz suspenso num processo não pode decidir contrário sobre o mesmo. É de lei. Portanto, aquele mandado de recondução emitido pelo Desembargador, Liga Djassi é mais um espetáculo deprimente neste processo. O mesmo podemos dizer em relação ao vice-presidente do STJ que, desta vez, decidiu simplesmente usurpar as competências do presidente. Não assinou pelo; assinou como se fosse presidente. Mas, tudo isso está a acontecer, porque alguém não quer que o direito seja aplicado. Há uma manipulação da justiça. E quem está a fazê-lo é Umaro Sissoco Embaló. Todos nós, ouvi-lo aquando do regresso da China. Disse que se não quisesse que os dois fossem libertos, não seriam. Portanto a sociedade tem de repudiar essa manipulação”, afirmou para garantir que, os advogados vão requerer a entregues dos Passaportes.

Aliás, Vaz Martins disse que, a defesa não foi notificada do mandado de recondução dos dois, talvez porque os autores são mesmo que são incompetentes para a tomada de tal decisão.

Related Posts