Na Guiné-Bissau, a Procuradoria-Geral da República (PGR) constituiu 23 pessoas arguidas no caso da morte de oito idosos por suposta feitiçaria, na localidade de Culadje, na Guiné-Bissau, no mês de fevereiro. No início, falou-se em oito mulheres, mas agora a PGR confirma que foram cinco homens e três mulheres.
Num comunicado enviado às redações nesta quinta-feira, 2, o Ministério Público (MP) diz que no despacho de acusação da delegada da PGR no tribunal regional de Cacheu, em Bissorã, eles são acusados de oito crimes de ofensas corporais agravados pelo resultado de morte e ofensas corporais simples, em referência às 21 pessoas que ficaram doentes.
Entre os arguidos estão o “vidente” que encontra-se em fuga e que “terá sido contratado pela população local para, segundo eles, fazer a limpeza do bairro de Barofa dos feiticeiros”.
As vítimas terão sido obrigadas a ingerirem um veneno feito à base de plantas silvestres para comprovar se eram feiticeiras, como dizia a população que lhes atribuia “as constantes mortes de grávidas, crianças e jovens” e ainda “os insucessos escolar e político dos naturais desta povoação”.
De acordo com a legislação guineense, se condenados, os arguidos podem receber uma pena de até 10 anos de prisão.