Nacional Política

Sissoco Embaló exibe seus fiéis no MADEM e prepara o destrono de Braima Camará

No dia (07 de Fevereiro) em que Braima Camará reuniu com a direcção da Aliança Koumba Lanta para discutir as possibilidades um entendimento político, o Presidente da República respondeu e em dose dupla, com um encontro que juntou altos dirigentes e decisores do MADEM no Palácio da República. O encontro, segundo fontes do jornal, foi uma resposta à aquilo que consideram de “confrontação do Coordenador do MADEM ao PR” e claro abandono a aliança que mais serve ao partido que devia ser assinada com o PTG liderado por Botche Candé. Dirigentes do MADEM que apareceram no Palácio qualificam de incompreensível o posicionamento do Coordenador do MADEM em querer abandonar a possibilidade da aliança com o PTG, incentivada pelo PR, cujo projecto do Acordo já estava elaborado.
O encontro do Palácio, segundo fontes, é uma estratégia de pressão para “obrigar Braima Camará a recuar da sua posição do eminente Acordo com a Aliança Koumba Lanta”, ou enfrentar a oposição dessa nova corrente que, em caso de confrontação chamar-se-á, MADEM renovado”.
Num encontro presidido pelo próprio Umaro Sissoco Embaló, como se pode ver no fundo da foto, estiveram presentes, 4 vices-Coordenadores sete que neste momento o partido tem. Porque, dos oito, não foram visíveis na foto, Soares Sambú, Conselheiro Principal do Presidente da República, Braima Camará e Satú Camará. A oitava Coordenadora, Evarista Sousa, faleceu há um ano.
Visíveis na foto, para além dos restantes Coordenadores, estavam figuras no passado bastante fiéis a Braima Camará como, José Carlos Macedo, actual Secretário de Estado da Ordem Pública e Calido Baldé, que desde saída do PAIGC foi dos mais próximos do líder do MADEM em todos os combates políticos. Ainda são visíveis figuras como Fidélis Forbs, ministro das Obras Públicas, outro próximo de Braima Camará e Cipriano Menmdes Pereira, Secretário de Estado das Comunidades, outro próximo do Coordenador. “Todas estas figuras, num passado recente eram extremamente fiéis ao Coordenador, mas hoje a realidade é outra”, admitiu a nossa fonte.
A crise no MADEM que existe há muito tempo, ficou declarada com o recente regresso do presidente do partido que considerou de ditadura o sistema político instalado na Guiné-Bissau. Os corredores da Presidência não gostaram, por considerarem que, o líder do MADEM estava claramente a referir-se ao PR e a situação piorou quando, Braima Camará foi ao Conselho Nacional do MADEM para autorizá-lo a negociar alianças políticas. Nessa reunião já eram visíveis as posições de alguns dirigentes. Por exemplo nos 3 votos contra, destacavam-se os votos de José Carlos Macedo e de Adulai Baldé, vulgo Nhiribui.
A gota que fez transbordar o copo foi no primeiro passo. É que, dois dias depois do Conselho Nacional, na primeira negociação e o primeiro grupo político a ser solicitado, Braima Camará foi a Aliança Koumba Lanta que, há cerca de uma semana chamou Sissoco Embaló de ditador e sequestrador das instituições da República.
Perante a situação, os corredores da Presidência consideraram não existir qualquer saída que não seja enfrentar a situação e travar às pretensões do Coordenador do MADEM. Nesta clara demonstração de força do PR, a única saída que terá restado à Braima Camará é distanciar-se da Aliança Koumba Lanta e assinar Acordo com o PTG de Botche Candé, sob sob pena de ser destronado. “Vamos ver quais são os argumentos que o Coordenador dispõe para enfrentar essa guerra. Mas ficou claro que, se não recuar, terá uma dura batalha”, comentou um alto dirigente que participou na reunião.

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