A cidade de Bissau está numa incerteza total desde noite do dia 30 de Novembro findo. Quando eram 21 horas circularam informações em como, o Ministério Público no âmbito do processo de investigação do pedido do financiamento do pagamento dos credores do Estado, ordenou a detenção do ministro das Finanças depois de mais de 8 horas de audição.
Minutos depois de ser conhecida a detenção do ministro nas instalações da Polícia Judiciária, um grupo de homens armados (supostamente da Guarda Nacional) invadiu as instalações e retirou das celas o ministro das Finanças e o Secretário de Estado do Tesouro.
Terá sido em reacção a essa retirada das celas do ministro e o Secretário de Estado é que se instalou o caos. Diz-se que, militares da Presidência da República terão deslocado a Guarda Nacional com intuito de recuperar o ministro para ser devolvido a prisão. Essa pretensão esbarrou na resistência da Guarda Nacional e provou a retirada. Certo é que, no mesmo momento em que se atacava na sede da Guarda Nacional, homens armados disparavam contra a residência do Presidente da Assembleia Nacional Popular que, por questões de segurança foi retirado do local.
O resultado dos tiroteios, ainda não forneceu dados sobre mortes ou não, mas feridos deram entrada no hospital militar ainda na noite do dia 30 de Novembro.
De momento há um silêncio total das autoridades. Nem o Governo, nem o Estado maior General das FA e muito menos a Presidência da República se pronunciaram sobre essa crise militar que abalou a capital. Nos bairros, o medo é generalizado. Não se sabe o que é que vai acontecer e como medidas de precauções, toda gente ficou em casa.
Aliás, sobre ficar em casa, a cidade de Bissau está deserta. Negócios cancelados, a circulação totalmente nula. Não há ninguém que arrisque a sair, sobretudo quando não existe nenhuma informação oficial daquilo que está a passar. A manhã do dia 1 de dezembro viu tudo cancelado em Bissau