Sociedade

Cerca de mil quilogramas de droga em parte incerta e envolto de uma máfia na Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau está a viver um caso atípico na criminalidade organizada. A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau descobriu que entrou para o país uma tonelada de droga, mas não consegue encontrar e muito menos ter informações adicionais sobre o verdadeiro paradeiro da droga. A PJ denuncia a falta de colaboração das entidades envolvidas, e uma das mais importantes e fundamentais, é um militar que, conforme as informações da PJ, recusou prestar colaborar. Cinco pessoas encontram-se detidas, um avião Air Bus A-340 está interdita de levantar voo há cerca de uma semana em Bissau, porque os serviços de Avião Civil receberam ordens para que isso acontecesse, mas não avançam com qualquer justificação.

O caso começou com uma denúncia que a PJ não quis avançar a fonte. Depois seguiu com a apreensão num carro de 5 quilogramas de droga. O dono do carro e mais quatro ocupantes foram detidos e se encontra neste momento na Polícia Judiciária, a responder os interrogatórios. Foi a partir daquele momento é que se apurou que quase uma tonelada estava em Bissau. A PJ demorou a apurar o local onde a droga ase encontrava, mas durante o interrogatório descobriram que se tratava da zona de Antula.

Ou seja, quem fez entrar a droga na Guiné-Bissau levou-a para a casa de uma segunda pessoa de forma a desviar à atenção daqueles que o perseguiam. Acontece que entre os fiadores, giram suspeitas e violência. Quando solicitaram a parte que recebeu a droga para guardar, receberam informações em como havia sido roubada. Os donos da droga, deslocaram a casa de quem guardou a droga, sequestraram-no e levaram para uma zona onde começaram a espancar, obrigando-o a contar a verdade sobre ao paradeiro da droga. Foi a partir daquele momento que a Polícia Judiciária tomou conhecimento e na sua actuação deteve todos os envolvidos.

A PJ deslocou-se a casa do jovem raptado, mas a informação disponível era que, a droga tinha sido roubada, tendo em conta que, o fiel depositário se tinha ausentado para fazer algum depósito no banco e a casa terá sido invadida por um grupo de pessoas .

No interrogatório, a PJ descobriu que um militar e filho de um influente empresário estava envolvidos. O filho do empresário com apelido Sampaio está nas celas da PJ, mas avançou não dispor de muita informação. O tal militar que facilitou a entrada da droga, via marítima, terá sido neste momento uma das principais pistas para descobrir a verdade, mas não aceita colaborar. A PJ utilizou a câmara de vigilância próxima da casa onde a droga estava guardada, mas as imagens disponíveis não são sufcientes para apurar a pista. Por exemplo, sabe-se que a droga saiu da referida casa num transporte urbano denominado toca-toca, dois homens armados estavam lá e mais nada.

 

Autoridades guineenses ignoram denúncias sobre a movimentação da droga na Guiné-Bissau

Entretanto as autoridades políticas da Guiné-Bissau remeteram-se a um silêncio ensurdecedor face ás persistentes informações ligadas a segurança e criminalidade organizada. Numa semana, a Polícia Judiciária deteve sete indivíduos por posse de droga, as informações de conhecimento público estão relacionadas com o desaparecimento de algumas quilogramas. Num total de uma tonelada, terão sido recuperados apenas 5 quilogramas. Os suspeitos estão na polícia.

Um aeronave do qual se suspeita que deveria ser o transportador da referida droga ficou retida em Bissau não podem abandonar a placa por uma ordem supostamente superior. Os membros da tripulação abandonaram o país logo no dia em que souberam que não podia sair. É um Air Bus A-340 e tinha apenas quatro tripulantes supostamente de nacionalidade turca. Diz-se que, quem ordenou a retenção do aeronave foi o PM, mas não há uma comunicação oficial neste sentido.

Nas ilhas, os relatos da população apontam para a presença de cerca de 100 militares senegaleses a circular em diferentes ilhas. Até as autoridades políticas nas ilhas confirmam presenças de homens armados, mas alegam que, oficialmente não dispõem de qualquer informação por parte do Governo central.

A presença dos militares senegaleses, suspeita-se que está mais ligada aos recursos petrolíferos, em virtude das informações recentemente colocadas as público pelo ministro da Economia do senegal e que foram desmentidas pelas autoridades de Bissau.

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