Política

Tumultos internos podem precipitar o regresso de Domingos Simões Pereira

Ganha cada vez mais a possibilidade de Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e candidato derrotado na segunda das eleições presidenciais de 2019 regressar ao país. Em Portugal desde início de Fevereiro por questões de segurançan e já sem qualquer esperança de alterar os resultados eleitorais, o Presidente do PAIGC deixou perceber esta semana que está para breve o seu regresso ao país. Os sinais podem ser ouvidos e entendidos no fim de um dos vídeo que nos últimos seis meses fazia todas às sextas-feiras para pronunciar sobre assuntos ligados a Guiné-Bissau.

Naquilo que considerou de última forma se intervir sobre assuntos nacionais e falar com os guineenses, Domingos Simões Pereira afirmou mesmo que acredita que, a próxima aparição pública seja entre os guineenses (isto é na Guiné-Bissau) e na pior das hipóteses para anunciar a data em que vai estar no país.

O regresso de Domingos Simões Pereira está a ser reclanmado por uma significativa franja guineense, porque muitos acreditam que a permanência na Guiné-Bissau é única fornma de manter o seu capital político e fazer face ao regime instalado.

Há dois meses foram levantadas questões sobre o regresso de Domingos Simões Pereira, mas as autoridades nacionais não assumir o assunto de forma séria, havendo círculos do poder que falam na falta de segurança. Numa das declarações sobre o assunto, Umaro Sissoco Embaló afirmou que o presidente do PAIGC pode regressar, mas que esteja disponível para ajustar contas com a justiça, e neste caso o Ministério Público.

Vozes pró-poder pensam ainda numa versão mais fatalista, ao ponto de admitirem que, ao chegar ao país, o presidentye do PAIGC deve ser detido, mas não tornam público os fundamentos para a detenção.

Questionado se a sua permanência no exterior se deve mesmo à questões de segurança, o presidente do PAIGC “não foi preciso”, mas advertriu que, está a “criar condições para o regresso”. E sobre a falta segurança, sem referir directamente às autoridades actuais, Simões Pereira disse que tal não pode ser tomado de ânimo leve, porque ele representa uma significativa franja guineense.

Neste último vídeo, ele afiançou mesmo que, não vai tardar o regresso será concretizado, para continuar a fazer a política e defender às posições do PAIGC enquanto partido que o povo confiou o direito de governar.

 

Outros motivos para o regresso

Mas o regresso de Domingos Simões Pereira, tem outros motivos. Um delesn é a pressão que um grupo de militantes está a mover neste momento para que haja reuniões dos órgãos do partido. Dentre estes militantes, existem nomes sonantes como Artur Silva, ex-PM que nunca conseguiu fiormar o Governo, Octávio Lopes, ex-Conselheitro de José Mário Vaz e Martilene dos Santos, pretenso candidato a liderança da Conferência de Quadros e Técnicos Speriores do PAIGC (CONQUATSA).

Essas movimentações internas estão a serem encarradas de forma séria por ambos os lados, pelo quie a presença de Domingos Simões Pereira tornou-se imprescindível. Os promotores da iniciativa que já estãop a serem ouvidos pelo Conselho de Jusridição do PAIGC já afirnmaram publicamente que o interesse é apenas debater a vida do PAIGC e compreender os motivos que estiveram na origem das derriotas dop partido, mas a direcção faz outra leitura.

O próprio Domingos Simões Pereira já disse ser condenável às pessoas “aceitarem serem pagas” para dizer que o partido não está bem. Conforme disse, as movimentações internas no PAIGC através da subscrição de um abaixo-assinado para a convocação dos órgãos, tem mãos ocultas dos seus adversários políticos.

Sobre às convocvações no Conselho de Jurisdição, duas figuras de peso no partido, Cipriano Cassamá, 1º vice-presidente e Artur Silva já reagiram através de notas de imprensa a qualificar de “intimidação” e negação de liberdade de expressão e de exercício de militância.

Cipriano cassamá igualmente apareceu com um comunicado público a estranhar a notificação, mas acabou por ser ouvido ainda no último fim de semana na sede do partido.

A direcção do PAIGC deverá igualmente realizar um Comité Central nos próximos tempos para analisar os resultados e tomar posição sobre aquelas que considera de manobras com objectivo de frragilizar o partido.

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