No dia 18 de Maio, o Governo, através do Ministério do Interior impediu a realização da marcha convocada pela Frente Popular. Em consequência desse impedimento foram detidas mais de 60 pessoas que inclusive dormiram nos calabouços da Segunda Esquadra em Bissau. Contrariamente à Bissau, o próprio poder político promoveu aglomerações com acções políticas no interior do País. O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló esteve em Bula e juntou multidões na abertura do Festival local. Depois seguiu para outras paragens. A maior aglomeração foi provocada pelo ministro do Interior. Botche Candé esteve em Farim em acção política e foi recebido por milhares de seus apoiantes. A acção política de Botche Candé foi para apadrinhar a transumância de militantes do MADEM coordenados pelo deputado, Secuna Baldé para o PTG. Estes dois actos contrariam os fundamentos apresentados pelo Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública para usar a força contra a marchantes do dia 18, Salvador Soares, que disse em conferência de imprensa que, a marcha não se devia realizar por existir um Despacho de Dezembro último (ainda não revogado) que proíbe às marchas. 
Para além dessa gritante contradição, com o uso de dois pesos e duas medidas, outras irregularidades apontadas aos acontecimentos do dia 18 estão ligadas a forma como a Polícia de Ordem Pública actuou face aos manifestantes. Na previsão de mais de 60 detidos, cerca de metade foi apanhada fora da concentração. Num dado momento, conforme as denúncias da Liga, a Polícia detia as pessoas de forma indiscriminada, independente de fazerem parte da marcha ou não.
Na sua conferência de imprensa ainda no dia 18, a Liga Guineense de Direitos Humanos denunciou a detenção dos cabeçários da marcha, Armando Lona, Lelito Quadé e Mónica Sillá.
Dionísio da Silva, activista político em Buba denunciou que, dois dos detidos localmente foram em suas casas no momento em que preparavam almoço. Esses detidos foram depois transportadores para Bissau. “ALERTA! DOIS DETIDOS ILEGALMENTE EM BUBA NAS SUAS CASAS E FORAM LEVADOS PARA BISSAU CAETANO NBANA (BAIO) E MALAM CAMARA (MALONE)”, escreveu Dionísio da Silva na sua Página.
Poder político impede marcha em Bissau com a detenção de mais de 60 pessoas e promove aglomerações no interior do país
