Sociedade

LGDH insiste na libertação dos restantes detidos e apela o respeito aos direitos e às liberdades

Dos 93 cidadãos detidos no dia 18 de Maio durante a marcha pacífica convocada pela Frente Popular, 84 foram colocadas em liberdade no princípio da noite do dia 19. A Liga Guineense de Direitos Humanos está a ser a única organização da Sociedade Civil empenhada na libertação dos manifestantes da Frente Popular detidos no Ministério do Interior. Depois de intensos contactos com as diferentes entidades, a Liga conseguiu a libertação de 84 dos 93 detidos na sequência da manifestação pacífica da Frente Popular.
9 pessoas continuam ilegalmente detidas, incluindo o Líder da FP, Dr. Armando Lona.

Bubacar Turé, Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) entende que podemos continuar a defender o respeito dos direitos, mas de momento, o mais importante é ter as pessoas com liberdades.

Sem querer desvendar o segredo que está por detrás do sucesso de conseguir libertar as pessoas num Domingo, Bubacar Turé entende que, existem pessoas que podem ser destacadas, porque compreenderam a preocupação da Liga.

“Falamos com o Presidente da República e certamente ele exerceu a sua influência para a resolução deste problema. Mas para mim, as intervenções do ministro Soares Sambu e de Lesmes Monteiro, presidente do Partido Luz, devem ser levadas em consideração. Não interessa revelar aqui o que cada um deles fez, mas posso assegurar a todos que foram bastante úteis ao trabalho da Liga para que os detidos fossem libertados. E, permitam-me agradecer o papel que desempenharam ao longo desses dias”, afirmou Bubacar Turé.

Relativamente ao papel do Ministério do Interior, Bubacar Turé lamentou o facto da Liga não conseguir mover as posições dos titulares do mesmo nomeadamente o ministro e do Secretário de Estado, mas também o facto de terem informações em como as pessoas foram torturadas.

“São informações que vamos confirmar nos próximos tempos. Também tivemos informações de torturas , isso não constitui nenhum tabu. Se isso corresponder a verdade, não podemos aceitar. Aliás, foi um dos maiores motivos que deixou as famílias em pânico. As pessoas que estavam a manifestar de forma pacífica, não podem ser sujeitas a tortura”, criticou Buibacar Turé para a seguir informar: “Ainda faltam libertar 9 pessoas. Vamos continuar os contactos com as autoridades, falando com aqueles que temos abordado nesses dias. Mesmo se tivermos que exigir o respeito ás leis, apelamos para que o bom senso prevaleça”, frisou.

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