Sociedade

Speack UP África e Fundação ECOBANK ‘engajam’ empresas privadas na implementação da Iniciativa ‘Zero Palu’

O paludismo é neste momento doença que mais mata no continente africano. O combate para a sua erradicação está a ser bastante difícil, mas as iniciativas não faltam. Uma delas é ‘Zero Palu, as empresas engajam’, que está a ser promovida pelas organizações Speack UP África e Fundação Ecobank. Ambas acreditam que, a aposta nas empresas privadas para a implementação da iniciativa ‘Zero Palu’, pode ter impacto determinante na redução de malária no continente.

Num Webnaire com os jornalistas da REMAPSEN, hoje (28), James Wallen, da Speack UP África entende que deve haver maior sensibilização ao sector privado e a população para que encarrem a luta contra o Paludismo seja encarrada como o mundo se mobilizou contra o VIH/Sida.
A iniciativa ‘Zero Paludismo, empresas engajadas’, em apenas 4 anos mobilizou 6 milhões de dólares americanos para 5 países do continente nomeadamente, Benin, Uganda, Senegal, Burquina Faso e Ghana. Contas finais deste período de 4 anos ainda não foram apuradas, mas mesmo assim, factos verificados no terreno demonstram que, de forma global a contribuição das empresas é extremamente importante, porque produziu resultados positivos na erradicação do Paludismo.Não existe um período determinado para intervir nos demais países, mas Elisa Desborés da Fundação Ecobank assegurou que, a sua organização que existe há mais de 35 anos com a missão de contribuir para a melhoria da vida das comunidades, actua em quatro eixos com destaques para a saúde e educação.

Centrando a sua intervenção no domínio da saúde, Fundação Ecobank está a desenvolver acções de alargamento, mas dependendo do resultado da avaliação das iniciativas anteriores. Desborés, em nome da Fundação Ecobank alertou que, como os financiamentos não são suficientes e associado aos fracos investimentos do sector público, decidiram aproximar-se às empresas privadas e neste momento os resultados são encorajadores.

Neste momento, conforme James Wallen, muitos não levam a sério o impacto negativo do Paludismo na vida das pessoas, mas alertou sobre os números dramáticos no mundo e aqueles que são identificados em África. Uma das atenções que se chamou é para que a luta contra o paludismo seja acompanhado coma luta contra insalubridade.
James Wallen fez questão de alertar que, no domínio da saúde, Speack UP África não trabalha apenas no Paludismo, mas têm colocado assento tónico, devido o imapcto negativo que a doença tem para o continente. Por exemplo referiu que, das 708 mil mortes que registadas anualmente devido ao paludismo, 85% é registado em África. No total das crianças de 0 a 5 anos que morrem anualmente do paludismo, 70% dessa quantidade se encontra em África ou ainda em cada minuto, uma criança morre do paludismo em África.

Essa situação, segundo disse, exige a mobilização de estratégias, mas também meios financeiros para ajudar a reverter o quadro. “Tratando-se de uma estrutura de plaidoyer e de comunicação em matéria de saúde, concluímos que tínhamos de encontrar as novas formas de financiamento. Daí o envolvimento das empresas”, explicou.
Como forma de implementação dessa estratégia, a Speack África e a Fundação Ecobank junta-se ao Programa Nacional de desenvolvimento de cada país, de modo a eleger as prioridades de intervenção.

James Wallen destaca que, na implementação desse projecto, o que Speack UP África espera é o engajamento das empresas, maior flexibilidade e a reacção de acções concretas. “Porque só quando as empresas se engajarem é que vão colocar meios para contribuir”.

‘Iniciativa Zero Palu, empresas engajadas’ tem como objectivos a mobilização de recursos nacionais para o financiamento durável da luta contra o paludismo; mobilizar as empresas e seus responsáveis a favor do controlo e eliminação do paludismo, maximizar as redes de parcerias com Ecobank, reforçar e criar a plataforma de colaboradores. “O que se quer com esta iniciativa é fazer as pessoas compreenderem que, a luta contra o paludismo merece ser levado para o sector provado”, comentou James Wallen.

Elisa Desborés sublinha que escolheram o sector privado, porque ajuda, mas também pelo facto de não ser explorado em acções dessa natureza. “Como os doadores não dão a todos os sectores, e assistindo o pouco investimento do público na saúde, fomos buscar o sector privado”, referiu.

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