A Câmara do Comércio, Indústria Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau convocou para o próximo Sábado (27) a Assembleia-Geral extraordinária para apresentação de contas e eleição dos novos corpos sociais para o período 2024-2028. Na convocatória assinada pelo vice-presidente da Assembleia-geral, Ibraima Djaló, consta que conta com todos os associados, porque a presença de cada um é fundamental para o desenvolvimento e o sucesso da instituição.
A convocação da AG acontece num momento em que, a direcção em exercício da organização está em litígio com o presidente da Mesa da AG, Armando Correia Dias que, na primeira tentativa de realização da reunião interpôs uma Providência Cautelar, através do processo nº 494/2021, que o tribunal acabou por deferir e suspendeu no dia 1 de Abril de 2021. Como fundamento, Correia Dias disse ao Tribunal que, a AG foi convocada sem o seu conhecimento. Outros fundamentos para se opor a Direcção interina são falta de apresentação de contas da organização e mais ter 7 anos de caducidade.
Na altura e em reacção a acção, a CCIAS foi pedir o Tribunal para não julgar procedente a Providência Cautelar, tendo em conta que, Armando Dias perdeu o estatuto de presidente da AG, não só porque já não exercia a mesma na CCIAS, mas pelo facto de praticar actos ofensivos a organização. O fundamentou não pegou e a AG que estava prevista para 4 de Abril foi suspensa.
Para a AG convocada para o dia 27 de Janeiro de 2024, a situação é quase idêntica, só que desta vez, o Presidente da Mesa está fora do país e não se sabe se delegou competências ou não.
O que é certo é que, o passado dia 10 de Janeiro corrente, o Tribunal emitiu “uma Acção Declarativa de Condenação sob forma ordinário”, intentada por Armando Correia Dias contra a CCIAS.
Na fundamentação, o Tribunal volta a destacar que, a convocação do vice-presidente é ilegal, na medida em que, quem compete convocar a luz dos estatutos da CCIAS é o Presidente da Mesa da AG,
Mamadú Iero Jamanca é candidato
Outra polémica na forja vai novamente ser levantado por um dos empresários que na altura pôs em causa a legitimidade da Direcção interina, Não obstante não ter sido convocado para AG que vai ter lugar em Gardete, Mamadú Iero Jamanca assegurou manter a sua candidatura para a liderança da organização, pelo que vai estar na reunião para compreender tudo, embora tenha convicção de que AG não deve ter lugar.
Aliás, o mesmo entregou ainda hoje (25) a sua candidatura a presidência da CCIAS e qualificou de surpresa a decisão da Direcção em exercício de avançar para AG quando existem decisões de tribunais que são de cumprimento obrigatório. “Nesta perspectiva, após ter conhecimento através dos medias da realização da Assembleia Geral da CCIAS no próximo dia 27 de Janeiro, de 2024, sirvo da presente para, junto da Mesa, depositar a minha candidatura para o cargo de Presidente da CCIAS”, lê-se no penúltimo parágrafo carta de Mamadú Iero Jamanca com a qual se apresentou como candidato.
