Um grupo de militantes do PRS promoveu uma conferência de imprensa para exigir o diálogo interno. No grupo, estão dois destacados regimes que são, Fransual Dias e Roberto Mertcha. Mertcha não avançou, porque terá tido muitos pedidos, mas Fransual Dias falou sobre a situação e disse ser necessário mais diálogo para a resolução dos problemas internos. Eles querem um congresso extraordinário a curto prazo, em que os militantes vão poder discutir os problemas do partido. Dias revelou que, o partido abafou muitos problemas e se continuar, o partido vai ter uma queda, mas também uma tragédia. Contudo, disse que, neste momento não é candidato a liderança do PRS, porque não é compactível. “A minha intenção é ser Presidente da República e não do partido”, sublinhou Fransual Dias.
Fransual Dias não tem dúvidas de que, as próximas eleições presidenciais vão ser determinantes para o futuro do partido. Sobre a sua situação no Conselho de Estado, Fransual Dias assegurou que não foi exonerado, por isso, mantém nas funções. “Quero que aproveitemos este quadro para reforçarmos a harmonia entre nós. Em relação a um PR, mesmo se falar coisa que não gostamos temos que encontrar outra forma”.
Ele começou com ataque a alguns activistas que o acusam de ser instigador da aliança com o PAIGC, mas que agora está descontente por não ter sido nomeado. Fransual Dias afirma que, na qualidade de um dos responsáveis das pessoas com deficiência não tem motivos para tanta. “Agora que não é bom, quando uma pessoa com a minha condição faz todas as sugestões e não é tomada em consideração isso revolta. É essa minha revolta com a Direcção do meu partido. Achei que, podíamos ser portadores de mensagem de pessoas com deficiência!”, afirmou.
O segundo aspecto foi a sua reconciliação com Umaro Sissoco Embaló. Ele destacou que, o PR Sissoco foi uma pessoa que prestou atenção a pessoas com deficiências e ofereceu seis casas. “Não podia ser avesso a tudo isso. Sou religioso e humano. Se o PR entender que podíamos conversar”.
Dias lembrou ainda que, em 2019, o seu carro foi objecto de destruição e estava no poder um Governo do PAIGC. “Para além de destruírem o carro, fizeram ameaças”, recordou.
Como motivos de aproximação a Sissoco Embaló, Fransual Dias recordou o facto de estarem a ser objecto de expulsão na Função Pública. Só não aconteceu o grave, porque o regime de Umaro Sissoco Embaló ajudou.
“Mas volto a dizer: nunca fui nomeado no PRS. Mas estava aqui e sou dirigente e andei sempre ao lado do partido”, afirmou.
Em relação a necessidade de adiar a conferência de imprensa, Fransual Dias afirmou que, só não vão continuar a falar se ouvir uma concertação efectiva. Porque, sendo apenas concertação consultiva, não vão permitir que a situação se concretize.