No quadro do 6º Fórum Galien e o 3º Prémio Galien que deverão ter lugar de 3 a 7 de Outubro próximo em Dakar (Senegal), para debater problemas de doenças não transmissíveis e outras questões em matéria de saúde, a Comissão Organizadoras manteve no princípio da tarde de hoje (25), um encontro virtual com os Coordenadores e membros da REMAPSEN (Rede de jornalistas em matéria de saúde e ambiente) para falar do mesmo e dos resultados dele esperados. Para além do debate sobre a saúde e as recomendações que se esperam sobre o tema central e da saúde em geral, o Fórum de Dakar será marcado com a entrega de prémios em melhor investigação; para a medicina tradicional e para a melhor inovação na indústria farmacêutica. Para este ano, o Presidente do Senegal, Macky Sall vai apoiar a premiação com 20 milhões de Fcfa e será dedicado à inovações e investigações em matéria de saúde.
Awa Marie Coll, presidente da Associação Galien África e do Comité Científico do Fórum, disse aos jornalistas que, a Associação Galien África, membro da Função Galien Internacional quer que o Fórum de Dakar seja um espaço e uma oportunidade do debate da saúde em África, para que sejam levantados o problemas existentes no Continente e que a solução seja proposta pelos africanos.
Ibraima Seck, responsável de comunicação do Fórum exaltou na sua intervenção que, a parceria com REMAPSEN tem como objectivo criar condições aos jornalistas para que possam ter informações precisas e fazer uma comunicação mais simples possível capaz de ajudar na melhoria de saúde no continente.
“O Fórum Galien já se tornou numa jornada científica que cada ano apresenta um tema novo para discutir os problemas de saúde, atacar e resolver os mesmos. Um fórum que basicamente terá a oração e moderação dos africanos e serão eles a apresentar propostas de soluções para os problemas discutidos”, disse Marie Coll.
Segundo a previsão do Comité da organização, o Fórum de Dakar deverá juntar cerca de 3 mil participantes, sendo que, está garantida a presença efectiva de 500, e os restantes serão de forma virtual.
Ao usar de palavra na reunião virtual que juntou mais de 6 dezenas de jornalistas dos países membros da REMAPSEN, Ibraima Secl, também do Comité de organização, destacou que a África está abraços com o fardo de doenças transmissíveis e não transmissíveis e tendem a piorar a situaçãio de saúde no continente. Ele lembrou, citando os dados da OMS que, durante o período de Covid-19, a taxa de prevalência de diabete em África aumentou de forma significativa. Foi nesta ordem de ideias que, a organização desafiou todos os países a elaborarem um plano de luta contra diabete.
Conforme informou, o Fórum, para além do tema principal, terá simpósios nomeadamente, pré-fórum para o reforço de capacidade de liderança dos jovens, simpósio para jovens (inovação social) e outra para mulheres para compreender o papel que podem ter na matéria de saúde e de doenças não transmissíveis. “Vamos discutir problemas e buscar soluções africanas para AVC, diabete, doença mental etc…O objectivo de tudo isso é melhorar os indicadores e salvar as vidas em África”, comentou Ibhraima Seck.
Nos concursos, baseando nas explicações de Aude-Ellen Coffi Kpalou, membro do Júri, o prémio é dado sobre as melhores práticas; sobre melhores produtos farmacêuticos, biotecnologia, tecnologia digital. “Olhamos não só pela inovação, mas pelo impacto que tem sobre o continente. Este ano, consoante a previsão do Comité de Honra pode haver distinção especial”, garantiu.
Marie Cool assegurou aos jornalistas que, nas acções que têm desenvolvido, concluíram quer África tem muitos investigadores e há muito potencial. “O problema é que os investigadores africanos não têm meios, por isso, precisam de serem apoiados”.
neste particular referiu que, cerca de 90% dos medicamentos que são utilizados em África têm produção fora do continente. “Apenas Marrocos acabou de dispor de uma indústria farmacêutica”.
Entre outros assuntos discutidos com os jornalistas, destacam-se a automedicação, a aquisição de medicamentos de rua, como elementos que ajudam a piorar a saúde em África, mas também a inflexibilidade da lei no continente a respeitada legislação farmacêutica.