O ministro de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marciano Silva Barbeiro afirmou que na última década as florestas da Guiné-Bissau foram delapidadas, devastadas com destaque para uma exploração desenfreada e irracional sobre o conhecido pau de sangue. No acto de lançamento da campanha nacional repovoamento florestas, com cujo lema: “Quem planta uma árvore reserva a vida” , realizado no passado dia 28 de Julho na aldeia de Ncor Sector de Bissorã, o ministro pediu a Direcção-geral das Florestas e Fauna no sentido de ser mais fiscalizadora, não permitindo a violação da lei florestal, proteger e nunca aceitar a corrupção como tem sido nos últimos anos na Guiné-Bissau. Silva Barbeiro garantiu que, o Governo terá a iniciativa de retomar com apoio dos parceiros de desenvolvimento o dossiê do inventário florestal que permita saber, qualificar e classificar as reservas florestais, como também definir um plano de contingência e de uma gestão duráveis dos recursos florestais em consonância com a política da convergência florestal comunitária.
O governante defendeu que, o acto está alargado para todo o território nacional para controlar com maior rigor e perseverança na proteção e fiscalização dos recursos florestais.
Silva Barbeiro disse ainda que a Direcção-geral das Florestas e Fauna, visa para esta campanha da reflorestação o enriquecimento das povoações degradadas em diversas espécies florestais nomeadamente Bissilão, Pau de Conta, cibe, farroba, pau de sangue e entre outras, numa área total de 100 hectares e ainda irá vedar as áreas ameaçadas para fins agrícolas.
Aquele responsável admitiu que iniciaram a referida actividade na região de Oio, como zona que tem sofrido a maior pressão das populações, por se situar, perto de Bissau e com potenciais recursos florestais de maior relevância ao nível do país.
“O acto de Ncor é o segundo com destaque aos esforços e sacrifícios dos quadros técnicos e da juventude local. O que se pretende é que cada campo vedado terá uma torre de vigilância que é construído no respectivo perímetro, gerido por um Comité de Gestão constituindo pelos populares locais”, informou.
O ministro reconheceu que, sem meios suficientes, não será tão fácil concretizar os objectivos preconizados, sem o apoio de sempre, da parte do Governo e dos parceiros.
O ministro afirmou também que, para atingir a meta de zero degradação das terras, até ano 2030, o repovoamento florestal ou a reflorestação são actos patrióticos de cada cidadão ou da sociedade em geral, e que deve visar uma gestão sustentável do recursos florestais, salvaguardando a estabilidade e o equilíbrio dos ecossistemas, do ponto de vista ambiental, da resiliência e adaptação as alterações climáticas.
Silva Barbeiro assegurou que o programa da neutralidade na degradação das terras representa uma das portas de entrada no combate para a melhoria do clima ao nível local e global. O seu sucesso, conforme o ministro, vai depender muito da sua contribuição.
Barbeiro lembrou que na última década as florestas da Guiné-Bissau foram delapidadas, devastadas com uma exploração desenfreada e irracional sobre o conhecido pau de sangue.
“Hoje várias espécies de árvores estão em extinção e em vias de extinção. É de extrema importância corrigir os erros cometidos com as más práticas. No que se refere as principais causas relacionadas com a situação que posso destacar em caso de: 1 a desflorestação sobretudo de algumas espécies com o papel fundamental na manutenção do equilíbrio ecológico. Por exemplo o pau de tarrafe e da sua exploração abusiva como fonte de energia para a conservação dos pescados; 2 o sistema agrário desadequado ao contexto de um aumento rápido da população e da pressão sobre os recursos da terra”, informou ainda.
A questão da chuva
No seu discurso, o ministro de Estado citou como consequência da referida causa uma forte variação das chuvas em termos de tempo de duram e non seu modo de distribuição ao longo do seu período, com tendências para a diminuição. Para além da tendência para o aumento das temperaturas médias, do ventos e da seca; Importante processo de sedimentação das terras baixas e das rias, especialmente a localização, a disponibilidade e o acesso as terras aráveis.
Barbeiro exortou que a conservação e o uso sustentável das florestas, porque são importantes para a manutenção da qualidade de vida, ar, solo e da biodiversidade. Disse ainda que, manter a integridade das florestas, dos rios, dos ciclos da natureza, bem como contribuir para evitar o aquecimento global, se deve combater sem tréguas as queimadas, as desmatações ilegais e a exploração desenfreadas e desorganizadas das florestas faunas.
Segundo o ministro, essas são dos piores problemas ambientais da actualidade, porque para além de devastar as florestas e os recursos naturais comprometem o equilíbrio da natureza e da biodiversidade.
“Recursos florestais devem ser explorados de uma forma sustentável”
Mais adiante, Marciano Silva barbeiro garantiu que, o Governo terá a iniciativa de retomar com apoio dos parceiros de desenvolvimento o dossiê do inventário florestal que permita saber, qualificar e classificar as reservas florestais, como também definir um plano de contingência e de uma gestão duráveis dos recursos florestais em consonância com a política da convergência florestal comunitária.
Para o ministro do Ambiente e Biodiversidade Viriato Luís Soares Cassamá, o referido acto tem grande significado porque, espelha a necessidade de todo um esforço a ser feito na Guiné-Bissau para restaurar os ecossistemas florestais degradados. Sublinhou que, o acto que se inscreve na senda de conservação do património florestal nacional, enquanto recurso biológico tão importante para vida quotidiana, com inúmeras utilidades para a dia-á-dia da população.
Soares Cassamá disse que a Guiné-Bissau é um país florestal que é um bem precioso, tão precioso que são, ele se transforma numa alavanca para o desenvolvimento social, criação de riqueza e o bem-estar aliado á satisfação dessas necessidades básicas.
“É, pois, um imperativo inadiável que, a breve trecho, os valores dos recursos florestais sejam integrados nas estratégias nacionais e locais de desenvolvimento, de redução da pobreza e nos procedimentos de planeamento e incorporados nas contas nacionais”, defendeu.
Segundo o governante, este propósito vem cada vez mais ganhando corpo com a vigência do Projecto de Reforço das Capacidades de Valorização de Recursos Naturais para uma planificação e tomada de decisão melhor informadas para conservar o ambiente global.
Cassamá reconheceu a necessidade de criar com celeridade a Célula responsável pelo seguimento e avaliação da implementação da estratégia e plano da acção nacional para a diversidade biológica, de o componente florestal será muito importante.
O ministro prometeu em trabalhar com o Ministério da Agricultura no processo de levantamento parcial da moratória, pois os recursos florestais devem ser explorados de uma forma sustentável e em prol da sua valoração económica, visando assim o fortalecimento de cadeias de valores de todos os actores dependentes destes recursos para a redução de pobreza.
Viriato Luís Soares Cassamá afirmou que é dever e obrigação do Ministério do Ambiente agir em perfeita colaboração com todas as instituições estatais, tanto a nível central como a escala regional, para acarinharem esta iniciativa de repovoamento florestal para conservação dos recursos naturais e trazer legado no porvir a bem das gerações presentes e futuras.
Área florestal é estimada em cerca de 21 mil hectares por ano
De igual modo, o representante da OMS e interino de FAO, João Manja, de acordo com as informações existentes sobre o estado das florestas mundiais, há uma necessidade urgente de agir para salvaguardar a biodiversidade das florestas do mundo face aos elevados niveis de desmatamento e degradação, sendo a Guiné-Bissau um exemplo concreto desta situação. Esta situação, segundo ele, torna-se ainda mais preocupante, na ausência de dados estatísticos actualizados sobre a produção, comércio e o concumo de produtos florestais.
“Na Guiné-Bissau, a perda de área florestal é estimada em cerca de 21 mil hectares por ano entre 2011 e 2018, principalmente devido utilização da energia da madeira da floresta através do abate ilegal de árvores, incêndios e produção de carvão vegetal, bem como a expansão de terrenos agrícolas como a monocultura do caju. A desflorestação é responsável por uma grande quantidade de emissão de CO2- estimada em 625.000 m3 por ano da área florestal do país”, destacou.
João Manja disse que a crise da Covid-19 destacou a importância de conservar e usar a natureza de maneira sustentável, reconhecendo que a saúde das populações está intrinsecamente ligada a saúde dos ecossistemas. Neste contexto, é essencial proteger as florestas porque, elas abrigam a maior parte da biodiveridade terrestre. As florestas contêm 60.000 espécies de árvores diferentes, 80% das espécies de anfíbios, 75% das espécies de aves e 68% das espécies de mamíferos.
O diplomata lembrou que a FAO e o Ministério do Ambiente formularam uma nota conceptual para um projecto que foi submetido para financiamento ao abrigo do Fundo Verde para o clima que visa criar capacidades técnicas e institucional nacional de monitorização florestal para apoiar a medição, relatório e verificação para REDD+ e alargar o seu nível de referência de emissões de florestas sub-nacionais para a nível nacional.
“A responsabilidade é da nossa tutela, mas sim, cabe a cada cidadão guineense denunciar sobre as cortes ilegais”
Para o Director-geral da Floresta Fauna, Bernardo Braima Mané completou um ano onde deram ponta pé de saída de um acto inédito na República da Guiné-Bissau, que é a vedação do perímetros florestal que quer dizer com todos os mesquinhos deve-se prestar atenção a floresta nacional que passa necessariamente na sua repovoamento e conservação.
Bernardo Braima Mané assegurou o ministro de Estado Marciano Silva Barbeiro pela coragem e determinação com sem recurso de chamar os técnicos que é possivel com sacrificio que pode continuar a exigir que recolocar as florestas nos 200 hectares degradadas na região serão envedadas mais de 100 hectares na referida localidade.
O Director-geral da Floresta Fauna admitiu que os técnicos responderam a chamada do ministro sem meios e recursos financeiro com prontidão para realização do pedido feito com amor a pátria com dez mil francos durante quatro dias realizando o trabalho para atingir o objectivo ou seja ultrapassar o limite que o ministro indicava.
Braima Mané disse que o momento é crucial não é de grandes ânimos, porque o país cada vez mais está muito ameaçado de deserto, como se nota no período de seca acontece vento de grande escala. Por outro lado, o tempo costumava chover no dia 15 de Maio agora passa para 25 de Junho ou mais adiante ainda num país altamente agricultor.
“A responsabilidade é da nossa tutela, mas sim, cabe a cada cidadão guineense assumir também a outra parte de denunciar sobre as cortes ilegais que está sendo feito nas matas do país. São esses factores que provocam, a redução da chuva acompanhada de cultivo de lavoura, queimadas sem contar com as construções nas zonas húmidas”, referiu.
Aquele responsável apresentou durante o seu discurso os três técnicos nomeadamente António Mbundé, Danilson Mendes Correia e Idrissa Djaló, como heróis vivos que estão a labutar todos os dias nas matas para protecção da florestas e pediu o Governo no sentido de prestar mais atenção no sector florestal que precisa de meios para bem dos futuros vindouros.
Denunciou que as matas da Guiné-Bissau continua ser desvatada por isso merece toda atenção do Governo para a sua protecção.
“Temos dificuldades”
Segundo o Comité da Tabanca Mutna Mbana, as florestas nacional devem ser controladas para poderem ser fonte de emprego jovem devido o seu controlo sobre abusivo abte de árvores.
Mutna Mbana disse que a corte ilegal e sem repovoamento provocou a dificuldade de água em várias aldeias e bem como no encontro o deserto que cada dia ameaça o país.
De igual modo a presidente da Associação das mulheres hoirticultoras de Embunhe Umo Mbonqué agradeceu o Ministério particularmente a Direcção da Floresta e Fauna, pela ajuda e colaboração devido os conhecimento adquiridos ao longo dos tempos.
Umo Mbonqué afirmou que a referida direcção faz com que as mulheres da referida localidade obteram de alguns bens económicos como também na forma de proteger as florestas, como das suas consequências na redução da chuva e desertificação.
Segundo o Governador Regional de Oio, João Biam Tchuda, é preciso meter nas mentes que a floresta é uma riqueza muito importante para todos os guineenses, por isso deve-se apostar na sua reflorestação e a sua proteção.
João Biam Tchuda assegurou que é de conhecimento de todos que as florestas tem uma grande riqueza que no futuro pode trazer o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Ussumane Djau Baldé