A Polícia de Intervenção Rápida (PIR) usou força para interromper esta segunda-feira (01.02), para acabar com a vigilia de mais de uma centena de pessoas (maioria jovem) que exigiam justiça à morte de Bernardo Catchura, ativista guineense que perdeu vida na passada sexta-feira, por alegada falta de oxigénio no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), em Bissau.
Organizadores da manifestação entendem que “um cidadão não deve morrer por falta daquele elemento químico”, que eles consideram “condições mínimas” para um hospital garantir. Bernardo Catchura precisava, com urgência, de uma intervenção cirúrgica, mas a alegada falta de oxigénio no Hospital não permitiu que a mesma acontecesse e acabou por falecer numa clínica privada, em Bissau.
A vigília estava a decorrer normalmente, em frente do Ministério da Saúde Pública, até que aparecerem dezenas de polícias que obrigaram aos manifestantes a dispersarem-se e, com a resistência destes, usaram bastões e pontapés, para acabar com a vigília.
O Capital News soube que há alguns feridos, na sequência da carga policial, a segunda atuação da polícia, em menos de uma semana, depois de um jornalista e alguns alunos terem sido espancados e detidos na semana passada, na sequência da frustrada tentativa de realizar uma manifestação, contra o fecho das escolas em Bissau, uma medida do governo guineense, devido à covid-19.
Um dos espancados na vigília desta segunda-feira (como se vê na imagem) é Junísio Moreira (Nísio), uma das caras do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), organização cívica que o falecido Bernardo Catchura chegou de liderar.
Por CNEWS