A madrinha do 22º aniversário do Programa Domingo de Tina, da Radio Difusão Nacional (RDN), declarou na passada sexta-feira a sua disponibilidade de contribuir para a elevação dos direitos das pessoas com deficiência no país.
Ana Muscuta Turé que falava no dia 04 de Dezembro na cerimónia de comemoração do 22º aniversário de Programa Domingo de Tina, considerou de ímpar o gesto da Comissão Organizadora do evento por ter incluído pessoas com deficiência nessa comemoração, acrescentando que é a única maneira de contar com pessoas com deficiência e de fazê-las descobrir os seus plenos potenciais.
Muscuta Turé encorajou as pessoas com deficiência a andarem de mãos dadas para mostrar ao mundo que têm pleno potencial. Pediu aos participantes para procurarem sempre apreender algo que possa mudar as suas vidas.
Agradeceu a Rádio Nacional pela escolha dessa temática, que para ela, faz todo o sentido na sociedade guineense, uma vez que ainda existem famílias que ainda não compreendem o efeito da deficiência.
“Há famílias que não tomam a deficiência como assunto sério para a sociedade. Estas famílias têm de ser sensibilizadas, e uma das formas de sensibilizá-las passa por trabalhar juntos com pessoas portadoras de deficiência e quando essas contarem as suas experiências às famílias vão perceber e deixarão de matar seus familiares porque nasceram com certa deficiência”, frisou.
Camará defendeu que nos grupos de Tina não devem estar somente pessoas sã, mas também pessoas com deficiência.
Entretanto em representação do Secretário de Estado de Comunicação Social, Malam Mané agradeceu o empenho da RDN na divulgação de mensagens de proximidade, acrescentando que é bom passar as culturas para a geração vindoura. Em nome do Diretor da RDN, Lassana Camará disse que o programa representa para a direção desse órgão um empenho na promoção da cultura guineense.
Para Malam Turé, a Tina é um acto de cultura que só se pratica na Guiné-Bissau, e que a RDN como um órgão público se orgulha por poder resgatar esse instrumento.
Para a Presidente da comissão organizadora, Filomena Tavares a iniciativa visa a sensibilização das populações sobre uma nova abordagem sobre as pessoas com deficiência, que valorize as suas atividades e produções artística e artesanais .
O Programa Domingo de Tina foi criado a seis (6) de Dezembro de 1998, no período do conflito político-militar de 7 de junho com objetivo de animar a população durante o cessar fogo fazendo-as reviver as actuações de grupos de mandjuandades.
A comemoração dos 22 anos do Programa Domingo de Tina que se teve inicia no dia 4 de Dezembro e decorreu durante três dias, sob o lema: “Anôs Nô Pudi”, com realização de palestras, festival “Mandjuandade e Inclusão das Pessoas com Deficiência” e distinção de diferentes personalidades com diploma de mérito e título póstumo pelos seus contributos para a afirmação da música de Tina.
Umaro Candé