Política

Sissoco Embaló disse que não será candidato ao 2º mandato e que não será sucedido por Domingos, Braima ou Nuno

O Presidente da República anunciou hoje (11 de Setembro) que não será candidato à sua sucessão nas próximas eleições presidenciais. A saída do Conselho de Ministros extraordinário que teve lugar no Palácio do Governo, Umaro Sissoco disse aos jornalistas que, a decisão de não concorrer ao segundo mandato partiu da esposa e que apoia plenamente, porque não merece viver neste ambiente de ingratidão e ódio político prevalecentes na Guiné-Bissau. O Chefe de Estado assegurou que, apesar de tudo, e, mesmo não concorrendo para a cadeira presidencial, o seu sucessor não será nem Domingos Simões Pereira; nem Braima Camará e muito menos Nuno Nabian “porque são bandidos”.

“Disso posso garantir a todos. Não serei candidato, mas não serei substituído nem por Domingos, nem por Nuno, nem por Bá (nome de família de Braima Camará). Eles são bandidos e o povo não merece. Precisamos de escolher pessoas mais dignas para me substituir”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.

Sobre a polémica de uma eventual nomeação da filha como sua Conselheira, o PR confirmou ter a nomeado para o seu Gabinete, por ser competente e mestrada numa das melhores universidades na Europa. “Todos os dias empresas nos Emirados pedem os meus filhos para irem trabalhar lá. Eu mesmo, no dia em que deixar estas funções, vão ver onde irei trabalhar”, garantiu.

A questão do segundo mandato, foi o tema voluntariamente introduzido pelo próprio Umaro Sissoco Embaló, de modo forma de explicar a revolta e a preocupação da família pela forma como tem sido tratado enquanto Chefe de Estado.

“Há dias vinha de China com a minha esposa e ela me disse Presidente! Assustei e perguntei-a, então, hoje não me chamas de cheri, e chamas-me de Presidente! Ela respondeu de imediato, não serás candidato ao segundo mandato. Tu não mereces isso, disse ela. Analisei e cheguei a conclusão que ela estava certa. Não serei candidato. A decisão está tomada, porque eu é que decido”, assegurou o PR, não obstante na recta final das suas declarações reafirmar que está a ponderar a não candidatar-se e rematou: “é por isso que nunca pedi apoio a ninguém. Alguém me ouviu a falar do segundo mandato? Mas, uma coisa, posso garantir: Ninguém com dívida será candidato”, prometeu.

Ainda sobre o assunto, o PR defende que, o exercício das funções de Chefe de Estado tira-lhe tempo que devia levar junto da família. “Não ocuparei da família apenas quando tiver 60 anos. Não. Vou fazê-lo já”, assegurou.

Nas suas declarações a imprensa, a questão do avião retido com droga foi outro tema candente. Primeiro, lamentou ter sido acusado por pessoas que o conhecem bem, Braima Camará e Nuno Nabian, mas disse que não os responde, por ter direito ao silêncio.

“Quando Manelinho foi detido, houve pessoas que saíram de Portugal para a Guiné-Bissau. Posso garantir que, se o Manelinho não tivesse sido detido, essas pessoas estariam ainda em Portugal. E, ouviram alguma condenação daquilo”, questionou aludindo claramente ao Coordenador do MADEM, Braima Camará, de quem recusou de tratar com este estatuto.

“Aqueles partido do Fórum que me acusaram de estar envolvido na droga, não foram representados pelos verdadeiros líderes. O MADEM é dirigido pela veterana, Satú Camará de quem aproveito para felicitar a sua eleição e o PRS é dirigido por Felix. Mas, mesmo assim, acho que o Bá e o Nuno me conhecem e não podiam associar-me a questão de drogas”.

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