O Secretário de Estado da Ordem Pública disse em declarações a imprensa que, o empresário Djuldé Bá, residente em Pitche, região de Gabú foi detido por desrespeito às autoridades, depois de ter sido denunciado do roubo de 11 gados bovinos do General Marna. Em reacção a imprensa depois da detenção, José Carlos Macedo afirmou que, Djuldé Bá está na prisão e lá vai continuar por ter desacatado a ordem das autoridades, num processo que, factos apresentados pelo Jornal demonstram que ele roubou.
Segundo o governante, a Polícia envolveu neste assunto devido a uma denúncia feita pelo General Marna, que foi apresentar uma queixa em como, o empresário e político Djuldé Bá desviou-lhe 11 gados bovinos.
De imediato, conforme as suas explicações, a Polícia de Gabú interviu através de bons ofícios convocando o empresário e político para se apresentar na Polícia e este recusou. “Decidimos deslocar uma equipa até Pitche e ele recusou colaborar. Fomos para a via administrativa e ele foi notificado. Ao saber, decidiu não receber a notificação”, assegurou.
O SEOP salientou que, mesmo com este comportamento deram um período de graça de duas horas e até 24 horas, e Djuldé Bá continuou a não respeitar a Polícia. “Primeiro estamos aqui, não para avaliar as suas declarações, ele é responsável de tudo o que diz. Agora não queremos que envolva o meu ministro e o Ministério, porque não está envolvido”, começou por explicar.
Sobre a detenção, supostamente pelo facto de Botche Candé o ter impedido de oferecer esmolas, José Carlos Macedo afiançou que, este nunca foi assunto, porque a tradição da zona leste permite.
“Ele quer desviar a atenção das pessoas. Foi detido, porque a Polícia fez três tentativas para falar com ele e não foi possível. A partir daquele momento em que atingiu 24 horas sem responder a notificação, decidimos como autoridade. Ele foi levado para a Polícia e posso assegurar a todos que, neste momento que estou a falar ele está nos calabouços e lá vai continuar”, garantiu José Carlos Macedo.
Nas suas curtas declarações, José Carlos pediu para que não seja envolvido o nome do ministro do Interior, porque aquele não está envolvido. “O ministro Botche Candé não está metido. Quem gere o Ministério atualmente sou eu. O ministro está a entregar o açucar do Presidente da República, portanto não sabe nada do que está a passar aqui. A decisão de detê-lo por desacato às autoridade partiu de mim, não do ministro”, assumiu.
Macedo insistiu que, ninguém vai tirar Bá dos calabouços, porque desrespeitou a autoridade do Estado. “Ele não foi capaz de dizer a verdade. Vem para redes sociais dizer coisas para desviar atenção das pessoas. Não tem coragem de dizer que roubou 11 gados. Deve dizer isso”, rematou.
Entretanto a Liga Guineense dos Direitos Humanos diz que, o empresário e dirigente político Djulde Bá, residente no sector de Pitche, foi arbitrariamente detido no dia 08 de Abril de 2024, pelos Agentes da Esquadra de Polícia de Gabú à mando do Ministério do Interior liderados pelo Botche Candé e José Carlos Macedo Monteiro. “Esta detenção abusiva e ilegal, enquadra-se na estratégia de perseguição política e de intimidação das vozes discordantes, que o Ministério do Interior tem implementado no âmbito da consolidação do autoritarismo na Guiné-Bissau”.
A LGDH exige a libertação imediata e incondicional de Djulde Bá e responsabiliza o Ministério do Interior pela sua integridade física.