O Presidente do PAIGC e Coordenador da Coligação PAI Terra Ranka que venceu às legislativas do passado 4 de Junho do ano em curso, foi indicado por essa agremiação política para ser candidato a presidente da Assembleia Nacional Popular. A indicação ocorreu no passado dia 23 de Julho durante a reunião do Comité Central do PAIGC alargada aos partidos da Coligação. Essa decisão provocou uma controvérsia no seio de alguns analistas que consideram a atitude do Presidente do PAIGC como sendo “uma traição do voto popular”, uma vez que muitos votaram nele como “PM e figura que apresentou o programa de governação do PAIGC”. Mas, para quem está no interior do partido, o presidente do PAIGC “vai assumir a presidência da ANP para evitar desgastes e aproveitamentos políticos do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló” e, ao mesmo tempo “ser epicentro de controlo às movimentações e inconstitucionalidades do actual Chefe de Estado”.
Donmingos Simões Pereira, como Primeiro-ministro, segundo os ditrigentes do PAIGC, estaria exposto às acções premeditadas do PR tais como presidir o Conselho de Ministros quando entender ou ainda meter pressão sobre alguns ministros e ter sob controlo uma parte de governação. O ponto mais alto e que seguramente terá sido decisivo para essa tomada de decisão é a pretensão de Domingos Simões Pereira de ser candidato às presidenciais de 2025. É que, no seio do PAIGC há um medo por parte dos dirigentes daquela formação política em como, se Domingos Simões Pereira assumir às funções de PM, no dia em que pedir demissão para concorrer as presidenciais tal pode ser recusada por Umaro Sissoco Embaló o que criaria um grave imbróglio político.
Sendo para os militantes do PAIGC, Domingos Simões Pereira um candidato natural, preferiram apopstar desde em funções em que vai estar muito longe das acções do PR. Mais agravante é que, durante os primeiros 12 meses a ANP não pode ser dissolvida e o mesmo não pode acontecer, nos últimos seis meses de mandato do Presidente da República.
Acontece que, se o mandato dos deputados da Nação iniciar no dia 27 de Julho, data da tom,ada de posse, os 12 meses completados no mesmo período do próximo ano. O passo a seguir serão as contas de Umaro Sissoco Embaló que foi eleito em dezembtro de 2019 e assumiu as funções de forma unilateral em Fevereiro de 2020.
Mas o mais importanmte em todo este processo é a liberdade que o presidente do PAIGC terão depois para se avançar como candidato prewsidencial sem precisar de qualquer outra autorização administrativa para o efeito.
ANP como protecção contra actos judiciais? Não
A chegada de Domingos Simões Pereira a funçõpes de Presidente da ANP, também foi analisada noutra perspectiva. Para al´me de fugir das humilhações de Umaro Sissoco Como Primeiro-ministro ou ser impedido de avançar como candidato por falta de exoneração, há quem esperava ver Domingos Simões Pereira a margem de toda a governação para aguardar apenas as presidenciais. Para os defensores dessa tese, estar na governação vai desgastar Domingos Simões Pereira e poderá ser responsabilizado durante as presidenciais.
Quem não alinha nessa análise, faz leitura noutra corrente e diz que, no Parlamento, Domingos Simões Pereira vai dar vida a instituição. Controlar os deputados do PAIGC que novamente serão tentados de forma a criar outra maioria parlamentar. Mas, há ainda quem considera assunção do cargo de presidente da ANP como uma estratégia de contornar a perseguição judicial e política que o presidente do PAIGC foi alvo durante o preasente regime.
Mais de cinco vezes, Simões Pereira foi impedido de viajar para o estrangeiro com alegadas ordens superiores, em alguns momentos, noutros, por supostamente estar abraços com processos judiciais. A verdade é que, depois de todas estas movimentações e depois da Coligação PAI Terra Ranka ter ganho as eleições, jamais houve alguma tentativa de impedir a sua viagem ou falar em processos judiciais que, o próprio já disse que não existem..