Sociedade

Serviço de Oftalmologia de Simão Mendes “sem aparelho de anestesia-geral” e dispõe de muitos pacientes por tratar

O médico oftalmologista e chefe do serviço de oftalmologista do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), igualmente encarregado do Programa Nacional de Saúde Visão revelou ao Última Hora que, o Serviço de Oftalmologia tem somente quatro médicos oftalmológicos e três na aposentação. Um na sua pessoa que ainda reforça a nova equipa interessada, também apresenta o cansaço. Por outro, o mesmo depara com falta de aparelho de anestesia-geral. Segundo Meno Nabicassa, naquele serviço quase 10 crianças dão entrada durante semana, para cirurgia de trauma ocular. “No serviço de oftalmologia dão entrada 7, 8, 9 ou até 10 crianças por semana, principalmente nesse período de caju e mangas, por causa de pedra que atiram para poderem conseguir mangas ou caju, e cujo tratamento requer aparelho de anestesia-geral. Também em algumas não. Mas não falta”, disse Nabicassa, para de seguida mostrar que, se o caso fôr num adulto, torna menos complicado, e se pode fazer anestesia local.

Meno Nabicassa manifestou a vontade e a dinâmica que a equipa jovem está a demostrar no serviço. Para ele, precisam da especialização que requer de um acompanhamento, para a conquista do título. “Muito usufruem o título de especialista que não têm. Porque isso se recebe gradualmente com o exercício da profissão. Porque senão, pode vir a não dar certo.”, mostrou o responsável, acrescentando que em outras profissões pode ser aceitável, mas na medicina o caso já é sensível.

Médico oftalmologista no HNSM, assegurou que a maior unidade hospitalar do país tem médicos especialista, mas com a falta de aparelho de anestesia-geral, não pode prestar esse serviço, porque o aparelho não é adequado. “Nessas condições de falta de aparelhos adequados para as patologias, todos os serviços ficam paralisados”, disse Nabicassa.

Em relação ao interior e a manutenção dos aparelhos nas regiões, o encarregado do Programa Nacional de Saúde Visão lamentou a situação, mas garantiu que o próximo plano para a operacionalização dos materiais ali colocados, contudo alertou sobre os custos (deslocação e subsídio da equipa manutenção do HNSM). “Certo é que não deve falhar”.

“Na realidade temos anestesistas com larga experiência que vem do Bloco Operatório para efeito, principalmente nesse período de frutas (mangas e caju) em que o serviço é totalmente invadida pelas crianças, para o tratamento de trauma ocular. U, tratamento que sempre deve ser antecdido de anestesia-geral e não como adulto que pode ser feita com anestesia-local, devido a maturidade e da gravidade da causa”.

Em relação aos materiais de trabalho disse que tudo vem da oferta dos países amigos da Guiné-Bissau. Disse que, entre os materiais de trabalho, principalmente da cirurgia cujo prazo de validação é de um ano, não serve para operação.

Assegurou que, no quadro de acordo com a União Europeia o país (Bissau e regiões), o serviço da oftalmologia beneficiou de aparelhos e pessoal técnico preparado, mas lamentavelmente acabaram por deixar de funcionar por pequenos problemas. “Os aparelhos de microscópio que havíamos montado nesses lugares, os faróis acabaram por fundir, por falta de corrente eléctrica estável, e não podem funcionar”.

Fernando Brito

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