Definitivamente o PTG ganhou espaço ao MADEM na aproximação à Umaro Sissoco Embaló. O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) liderado pelo ministro do Interior, está a constituir suporte do Presidente da República na sua Presidência Aberta. MADEM está de fora. Os primeiros sinais foram vistos em Quinhamel, região de Biombo, onde o PTG mobilizou por completo toda a logística que suportou a presença do Chefe de Estado.
Esta situação é o comprovativo do distanciamento entre o PR e o MADEM, depois de vários meses de suspeitas. A primeira vez que o MADEM atacou esta situação foi em 2020 quando o PR organizou digressões a leste do País para agradecer os votos que recebeu. Na altura e na voz do seu Coordenador, o MADEM questionou, porque razão o partido não assumiu todos os encargos, sendo que aquilo estava a ser feito pelo ministro do Interior e os seus núcleos de apoio. Os núcleos de apoio acabaram por se transformar em partido político, agora com a aproximação do PR.
O descontentamento do MADEM chegou ao conhecimento do PR e aquando da remodelação governamental em Abril último e na tentativa de apaziguar, o PR fez questão de apelar o entendimento manifestando toda a disponibilidade de reforçar relações com o partido, uma vez que ele não é ingrato.
Dois meses depois, o Secretário Nacional em exercício do MADEM, Henri Mané denunciou que havia uma campanha de subscrição das assinaturas para formação de um partido político. Não se denunciou na altura quem era o líder, mas insinuou-se bastante sobre o papel que era jogado pelo Presidente da República.
Umaro Sissoco Embaló tratou-se do assunto pela primeira vez quando ouviu o seu nome ligado ao partido de Botche Candé. Primeiro considerou ser normal cada cidadão pensar no seu partido e a seguir advertiu que, muitos devem questionar, porquê é que certas formações políticas apareceram e desapareceram rapidamente.
Meses depois, Botche Candé assumiu o partido, realizou congresso e neste momento está numa declarada campanha de apresentação pública do partido em diferentes regiões do país.
Curioso ou não, na apresentação pública em Biombo houve uma coincidência com aquilo que Umaro Sissoco Embaló chamou de visita de Estado. Momentos antes da visita acontecer, o ministro do Interior e Presidente do PTG concedeu uma entrevista no qual fala da situação do país que disse estar em total ruínas e falta de presença do Estado. Porém, iniciou a entrevista com informação da origem do seu partido. Disse que o PTG foi criado para trabalhar em conjunto com o Presidente da República. Botche Candé assegurou nessa entrevista que, não será o PR a obstaculizar alguma acção do seu partido, por isso, quando forem o Governo, o país verá ganhos significativos.
Em Quinhamel, foi visível a multidão trajado das cores do PTG. O único a discursar em, termos de lideranças políticas, foi presidente do PTG. Houve muitos vivas PTG e vivas Umaro Sissoco Embaló.
Mãos de Umaro Sissoco Embaló no PTG
Entretanto com os acontecimentos de Quinhamel no passado dia 23 de Janeiro, muitos analistas políticos consideraram que, as dúvidas ficaram dissipadas sobre a proveniência do partido de Botche Candé. Segundo diversas opiniões, Botche Candé não tem a capacidade, nbem a coragem de avançar com um partido político, se não tiver o apoio de Umaro Sissoco Embaló.
Na fase inicial, Umaro Sissoco até negou essa possibilidade, mas depois de várias vezes ter sido alvejado por militantes do MADEM surgiu com a célebre advertência “é importante que as pessoas saibam as razões que levar os partidos como o PUSD e PRID a aparecerem e desaparecer rapidamente. O PR mantém-se determinado em ter suporte político, embora ainda não declarou nem assumiu qualquer ligação com o PTG.