O Presidente do PAIGC reagiu com contundência às afirmações do PR, Umaro Sissoco Embaló em como, o PAIGC não vai governar, mesmo se ganhar as eleições com 102 deputados. Em declarações perante os militantes do PAIGC na sede do partido em Bissau no âmbito das comemorações de 20 de Janeiro dia dos heróis nacionais, Domingos Simões Pereira afiançou a todos que, jamais o PAIGC será retirado o que é seu por direito, sobretudo quando é dado pelo povo. Apesar de referir o nome de Umaro Sissoco Embaló, Simões Pereira disse existir uma campanha visando distrair os militantes e dirigentes do PAIGC, mas garante que estão focados em concluir um trabalho feito ao longo dos anos e que será consolidado brevemente com uma vitória retumbante do PAIGC. Disse ainda aos militantes que, àqueles que estão a professar decisões contra o PAIGC, resta-lhes tempo curto para venderem os recursos do país, como desejam.
As declarações de Umaro Sissoco Embaló constituíram, nos últimos dias, tema de debate entre os guineenses em geral e os militantes do PAIGC em particular. Ao referir-se as mesmas, o presidente do PAIGC disse que o assunto é sério, porque envolve a vida e o futuro da população guineense. “Peço desculpas, mas digo que, não há nenhum circo, por mais grosseiro que possa ser, para os melhores palhaços que possamos contratar para virem dar espectáculo que nos possa tirar concentração sobre o nosso foco. Concentração no essencial. O essencial do PAIGC neste momento é a nossa luta pela liberdade e pela afirmação do Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau. Por isso, aproveito para tranquilizar a todos os militantes e guineenses em geral, por estarem perturbados com algumas afirmações de certas entidades. Entidades que por serem ilegítimas, ilegais, não interessam chamar”, considerou Simões Pereira.
Segundo ele, a única pessoa que manda no PAIGC é o PAIGC. “Apenas os militantes do PAIGC podem tomar decisões. Mais ninguém. Vamos assegurar a todos os militantes, simpatizantes e a população que o PAIGC não está a venda. Qualquer montante que possam dispor, não vamos vender o PAIGC”, garantiu mediante um aplauso efusivo centenas de militantes que se juntaram no salão Amílcar Cabral.
Simões Pereira disse que, quando diz que o PAIGC não está a venda, é porque os militantes estão a serem guiados pelo espírito de Amílcar Cabral. “E quando digo isso, é com o mesmo espírito que vamos realizar a missão histórica de resgatar em definitivo, o poder que o povo outorgou ao PAIGC, para poder governar e construir o bem-estar que todos almejam”, prometeu.
Conforme assegurou, muitos até hoje não compreenderam aquilo que o PAIGC já está a esquecer. Lembrou que, no início dos anos 70, Spínola também tinha muito dinheiro e até fazia promessas aos guineenses, o que não conseguia garantir aos portugueses. “Ele prometeu construir Guiné Melhor. Qual era o preço? Um apenas: afastem de Amílcar Cabral e combatam ao PAIGC. O que posso dizer é que jamais haverá Spinolas, qualquer que seja a cor. Os que identificam com essa posição, só têm dois destinos. Ou convertem ou serão convertidos”, prometeu Pereira.
Ele disse que, tal como no passado, o PAIGC voltará a triunfar. “Vamos recuperar o que nos tiraram de forma injusta; vamos lutar com determinação, mas através de uma maior consciencialização popular. E já sentimos que isso está em andamento para poder produzir vitória que rapidamente vamos anunciar a este país. Jamais vamos pedir ou mendigar por aquilo que nos tiraram de forma ilegal e injusta”, asseverou.
“Jamais haverá força capaz de impedir ao PAIGC exercer o poder”
Simões Pereira jamais pronunciou o nome do PR, mas as suas indirectas eram claras. Assegurou que, alguém teve pesadelo e a sonhar, disse que se o PAIGC ganhar com 102 deputados não será Governo. “A estas pessoas, devemos dizer que falta pouco tem para acabar aquela vontade de vender as nossas riquezas, hipotecar o país e vender a soberania. Somos força tranquila, porque estamos lado a lado com a verdade”.
O presidente do PAIGC assegurou aos militantes que, por tudo aquilo que aconteceu ao partido, era necessário fazer o trabalho. “Posso dizer que o trabalho está feito. E a vitória do PAIGC será retumbante”, garantiu o presidente. Mais adiante afirmou que não haverá ninguém, nem nenhuma força, qualquer que seja a sua motivação para impedir ao PAIGC exercer o poder que o povo lhe concedeu.
Conforme disse, todas as pressões a que estão a ser vividas, é porque as pessoas perceberam que, o PAIGC é a única estrutura na qual o povo confiou para poder sair da difícil situação em que se encontra. “É verdade que estivemos distraídos por algum tempo, mas reencontramos. Sob batuta de Amílcar Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, só temos um destino. Vitórias que prometemos construir”, garantiu.