Uma marcha espontânea promovida na manhã do dia 1 de Dezembro pelos funcionários do Ministério das Finanças inundou as ruas de Bissau por algumas horas. Cerca de 4 dezenas de funcionários guiados pelo sindicato de base do Ministério apareceu a frente dos Ministério das Finanças para exigir o pagamento de 14 meses de salários e criticar aquilo que chamam de injustiças do ministro das Finanças, Mamadu Fadiá. Os funcionários alegam que, a decisão de não pagá-los durante todo esse período foi tomada de forma unilateral pelo ministro das Finanças, Aladje Mamadu Fadiá, que agora está a eximir-se das suas responsabilidades. O sindicato denuncia que, o ministro alega que não lhe compete tomar a decisão de efectivação, mas a grande verdade é que, foi ele durante todo este período deixou instruções para que os seus direitos não fossem respeitados.
Malam Homi Injai, em nome do Sindicato de Base, revelou a imprensa que, a situação dos trabalhadores cujos salários foram bloqueados pelo ministro das Finanças, iniciou desde de 2014 num concurso documental que permitiu a admissão da maior dos funcionários em causa através do despacho nº 44. O sindicalista alega que, todos os trabalhadores admitidos nestas circunstâncias estão a diferentes departamentos e recebiam os seus salários até a chegada de Fadiá, que, por discordar com a adesão a greve decidiu suspender os seus pagamentos.
O sindicalista revelou que, com base neste concurso de então, estava também a filha ministro Fadiá, mas que foi efectivada pelo próprio pai logo após a sua assunção às funções.
Homi Injai assegurou a imprensa que, depois de vários encontros com o ministro, ele alegou que não é ele quem efectiva. “Se o ministro disse isso, é porque falou de forma desenquadrada. Quem deve juntar todo o processo para a efectivação nas finanças, é ele”, insistiu o sindicalista.
“Ele trouxe para as Finanças familiares e filhos de ministros do actual Governo. Assinou contratos recentemente com 13 pessoas”, denunciou.