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Ministério do Interior decapita o Comando Policial do norte por envolvimento na movimentação da cocaína  

O Ministério do Interior da Guiné-Bissau decapitou quase todo o Comando Policial para a província norte. Neste momento estão nos calabouços  o Comandante das operações e seu adjunto em São Domingos, enquanto que o Comissário Provincial foi suspenso das funções e sobre o Comissário da Região continuam a decorrer a investigação. As detenções e suspensões das funções desses responsáveis, se devem às denúncias de um cidadão nacional proveniente do Senegal com uma placa de droga e uma soma de 4 milhões de Fcfa em dinheiro, que supostamente foi apoderada pelos citados. O Ministério do Interior ainda não tornou público este caso, mas fontes daquela entidade confirmaram ao Jornal Última Hora que o inquérito está em curso.

Segundo as informações chegadas ao UH, é que, na sua passagem em São Domingos, o alegado cidadão portador de bens ilícitos, bem identificado pelo Ministério do Interior, caiu nas malhas dos operativos da Polícia local. Nas operações de buscas feitas a sua bagagem a mando do Comandante e seu Adjunto, retiraram-lhe a tal placa de cocaína pura e uma soma em dinheiro no valor de quatro milhões de Fcfa.

A nossa fonte assegurou que, depois de várias tentativas de negociar a recuperação das suas pertenças, o alegado cidadão viu goradas todas as tentativas. E pelo facto de não ter sido detido, o suspeito de transportar a droga, quando chegou a Bissau dirigiu-se directamente para a Inspecção da Polícia no Ministério do Interior onde fez às denúncias.

Conta quem conhece a história que, o homem depois de toda a explicação e de confessar que transportava droga e o dinheiro, terá prometido a uma recomepnsa a primeira pessoa que contactou. Mas como este não teve a coragem de entrar no negócio, preferiu fazer o caso chegar às estruturas superiores da Inspecção. Os responsáveis da Inspecção do Ministério do Interior na Inspecção destacaram uma missão de emergência para São Domingos, onde o portador de droga reconheceu e apontou o dedo ao Comandante da região como quem lhe retirou as suas pertenças.

A partida, a Inspecção para não humilhar o Comandante e seu Adjunto, pediu a colaboração e a consequente devolução de tudo o que foi retirado ao viajante infractor. O Comandante e seu Chefe de Operação até colaboraram na fase inicial quando aceitaram terem sido autores do acto tendo devolvido a placa da droga.

Relativamente ao dinheiro foi ali que instalou a polémica, porque os responsáveis da polícia aceitaram terem retirado alguma soma em dinheiro e alegaram que se tratava apenas de 400 mil Fcfa.

O dono insistiu que o dinheiro eram 4 milhões de Fcfa e como forma de buscar a verdade, os operativos da Inspecção ordenaram a detenção dos dois primeiros suspeitos, neste caso, o Comandante e o seu adjunto.

 

E o que envolveu os Comissários provinciais?

A primeira e maior questão que se coloca, é saber as circunstâncias em que os Comissários Provinciais e da Região se envolveram. Informações chegadas ao UH dão conta que, depois do Comandante e seu Adjunto realizarem aquela operação de retirada da droga e dinheiro das mãos do portador, os autores da acção transferiram alguma soma tanto para o Comissário Provincial e o Comissário da Região.

Os dois acabaram por serem suspensos das suas funções, porque, questionados pela inspecção sobre o que tinha ocorrido em São Domingos, todos eles alegaram não saberem de nada.

Tendo em conta que os Comandante e o seu adjunto revelaram nos inquéritos o que fizeram com uma parte do dinheiro de 50 mil Fcfa em Orange Money para os dois responsáveis máximos da região. O Comissário provincial foi mesmo suspenso das funções, enquanto, o da região ainda está a ser investigado pelos serviços de inspecçção.

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