Está incontável o número de altos dirigentes do MADEM nomeados na Presidência da República, como Conselheiros do Chefe de Estado e outros integrados no Governo sem prévia consulta ao partido. Depois de Satú Camará, Oliveira Sanca, Abel da Silva agora é a vez do vice-presidente, Aristides Ocante da Silva. No Presidium do partido, apenas restou Braima Camará, sem funções no aparelho do Estado e ujm bocadinho longe do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló. No dia 1 de Junho corrente, o Presidente da República fez mais uma nomeação. Indicou Aristides Ocante da Silva, alto dirigente do MADEM para às funções de Conselheiro do Presidente da República com regalias de ministro de Estado e decapitou por completo o Presidium daquela formação política.
A nomeação de Aristides Ocante, mais uma depois de vários outros membros do presidium do MADEM sem consulta ao Coordenador do partido, está a ser encarrada no seio do partido, uma cartada decisiva de alguns dirigentes daquela formação política para obstaculizar as estratégias de Braima Camasrá na presente crise interna. É que, segundo apurou o UH, Aristides Ocante da Silva foi designado dia 31 de Maio na reunião da Comissão Permamente como redactor da Comissão criada e que deverá analisar todas as questões levantadas pelos quadros e jovens contra a aliança governativa.
As referidas questões, segundo a nossa fonte devem ser remetidas à Comissão Política para que este avalie e decida se estão reunidas as condições para continuar ou sair do Governo.
Horas depois da criação da Comissão, o Chefe de Estado nomeou para o cargo de Conselheiro, Aristides Ocante, numa Comissão a ser presidida por Abel da Silva, outro que foi nomeado por Umaro Sissoco Embaló há quase um mês, para chefe de Casa Civil do Presidente da República.
Com essas nomeações, crescem suspeitas no MADEM das mesmas serem estratégicas e com o objectivo de fragilizar as pretensões de Braima Camará, tendo em conta que crescem expectativcas que, um trabalho isento originará a saída do partido na coligação governativa. Braima Camará está objectivcamente descontente com as actuações do PR e do Governo e quer que estas questões sejam todas resolvidas.
Fontes do MADEM garantiram ao UH que, a criação da Comissão foi possível graças a persistência do Coordenador do Partido, que entendeu que, mesmo havendo vontade de não instalar crise, as exigências dos jovens e quadros deviam imperativamente ser analisadas pela Comissão Política.
Numa crise em que, Soares Sambú, vicve-Primeiro-ministro, nomeado pelo PR a revelia do partido, e Marciano Silva Barbeiro, ministro do Estado e da Agricultura, também nomeado sem aval do MASDEM, estão a serem considerados suspeitos no partido, a entrada de Aristides Ocante para a lista, foi rapidamente considerada a entrada de Umaro Sissoco na guerra para proteger o seu vice-Primeiro-ministro.
Desde que assumiu às funções de vice-Primeiro-ministro e Coordenador da área Económica, Soares Sambú viu deterioradas as suas relações com o Coordenador do MADEM, que acredita que, grosso das decisões do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló em relação ao partido são influenciadas pelo mesmo.
As suspeitas cresceram quando o vice-Primeiro-ministro não tomou parte na reunião do dia 31, mas no sentido contrário estavam lá todos os membros do Governo com assento naquele órgão.
Aristides Ocante aceitou as funções e tomou posse ainda no dia 2 de Junho como Conselheiro de Umaro Sissoco Embaló. Do lado do MADEM não se sabe qual será a reacção do partido, mas tal como não se fez a oposição às nomeações anteriores, também não haverá qualquer reacção nessa. Contudo, a estratégia de Umaro Sissoco Embaló estão a serem fortemente criticadas.
De sublinhar que fazem parte do Presidium do MADEM G-15, Braima Camará como Coordenador, Luís Oliveira Sanca, 1º vice, Umaro Sissoco Embaló, 2º vice, Adja Satu Camará, 3º vice, 5º vice Aristides Ocante da Silva e Abel da Silva coimo Secretário Nacional.