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PR diz não a uma nova maioria e que foi Braima Camará quem indicou o PM

O Presidente da República disse numa entrevista aos órgãos públicos que, jamais aceitará uma nova maioria, e prefere dissolver ANP e convocar novas eleições. Na referida entrevista e numa alusão às movimentações que supostamente envolvem o PAIGC e o PRS no aludido encontro de Patche Yalá entre Domingos Simões Pereira e Alberto Nambeia, Sissoco Embaló disse que, aquelas movimentações não vão mudar nada e mesmo se juntarem todos os que se  deputados do parlamento. Como fundamento, Sissoco Embaló disse que actual maioria lhe dá estabilidade, pelo que jamais aceitaria uma outra que possa vir a criar novos problemas para o país. “Se um dia isso acontecer alguma mudança no parlamento, já tenho a minha solução: Dissolução do parlamento. Já está tomada a decisão”, prometeu.

Falando aos jornalistas quase três horas e sobre todos os assuntos, o Presidente da República revelou que o novo Governpo foi uma proposta do coordenador do Movimento Alternância Democrática. “Quando ganhei às eleições, eu pensava manter o status quo. Mas o Presidente do MADEM me ligou a dizer que tem a maioria. Apresentou a maioria e a lista dos deputados. Depois ele propôs o nome de Nuno Nabian e decidi nomeá-lo”, disse Umaro Sissoco Embaló numa clara contradição com os factos vividos em 2020. Na altura, como consta, o PR forçou a investidura e no dia seguinte nomeou um Governo na figura de Nuno Gomes Nabian, com quem durante a campanha eleitoral celebrou um acordo.

Ainda sobre o campo político, Sissoco Embaló criticou duramente o presidente do PAIGC de quem disse que contava para o cargo de Primeiro-ministro. No entanto, como aquele não é inteligente, segundo as suas palavras, perdeu essa oportunidade. “A primeira pessoa que me felicitou foi o Presidente do PAIGC. Todos vocês ouviram. Falei com, ele e fiz-lhe algumas promessas e outras que não revelei. Infelizmente, ele não é inteligente e optou por aquele modelo de luta. Mas se eu fosse presidente do PRS ou MADEM rezava para que ele continue a frente do PAIGC. Porque nas próximas eleições se ele atingir 25 deputados saio da Presidência”, prometeu.

A entrevista de Sissoco Embaló foi oportunidade para tudo. Oportunidade para responder as perguntas sobre o seu relacionamento com a ministra dos Negócios Estrangeiros, o número das mulheres que tem e da sua influência em relação ao exterior. Sobre o exterior por exemplo, disse que falou com os golpistas de Mali que lhe terão prometido tratar bem aos detidos, neste caso o Presidente e o vice-Presidente Bá N’Daw e Moktar Ouané.

Relativamente a greve na Função Pública, Umareo Sissoco Embaló foi categórico. Disse que instruiu o Governo para não pagar salários aos grevistas, porque se têm o direito de paralisar, o Governo também tem o direito de não pagar. “Há muito que disse ao ministro das Finanças que ninguém será pago”, assegurou.

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