Um ano depois, Domingos Simões Pereira está de volta ao país. Na manhã do dia 10 de Março, o Presidente do PAIGC anunciou o seu regresso para assumir as suas responsabilidades enquanto presidente do maior partido político guineense, e, enquanto deputado da nação. Disse que regressa motivado com o “coração limpo” e que o seu maior foco é tratar dos assuntos internos do partido e continuar a representar o povo como foi escolhido. O Presidente do PAIGC falou dos processos judiciais tentavam imputar-lhe sobre algum desvio ligado aos fundos do FMI na veste de Primeiro-ministro e de supostas tentativas de golpe de Estado, que terão atrasado o seu regresso. Uma vez ultrapassadas todas estas fases, o Presidente do PAIGC prometeu que vai regressar. No entanto, o presidente do PAIGC, advertiu aos guineenses que, o momento é de união e que todos devem lutar para a defesa, porque, a intenção das actuais acções visa asfixiar e tirar liberdade a todos. “A liberdade e independência foram conquistadas com sacrifício e suor, por isso não devem ser tratados de bandeja”, sublinhou.
Nas suas declarações que, num dia apenas tinha mais de mil partilhas, o segundo candidato mais votado nas presidenciais de 2019, segundo a CNE abordou todos os assuntos do país começando pela felicitação ao dia das mulheres, 8 de Março e condenar as acções de barbaridade e tortura contra o jornalista António Aly Silva, que segundo disse é apenas uma forma de semear ódio. “O único crime que o Aly Silva possa cometer na sua vida é o facto dele ter a sua própria opinião e respeitar a dos outros. Por isso tem de ser ameaçado, agredido e que sirva de sinal para os outros. Esta barbaridade é condenável e manifesto a minha solidariedade”, sublinhou.
De igual modo, solidarizou-se com Silvestre Alves, que terá sido ameaçado. “Quero que Silvestre tenha mais força, como senti que o Aly Silva tem. A luta é de todos nós e vamos continuar”, defendeu.
As atrocidades são cometidas por pessoas a mando dos outros. O presidente do PAIGC disse o seguinte: “quero que as pessoas alegam que não têm tempo, porque amanhã possa ser tarde. Aos nossos irmãos agredidos, quero que percebam que essa luta não é deles só. É de toda a sociedade. Àqueles que matem ou mandam bater, é importante que saibam que, um dia também pode ser alvos de agressões”, referiu.
Para além, de regresso que anunciou, o presidente do PAIGC falou sobre o mandado de captura que supostamente foi metido contra a sua pessoa. Desmentiu eventuais actos de corrupção que terá cometido enquanto Primeiro-ministro. Disse que tudo aquilo que disseram a seu respeito é falso, porque nunca teve programa com o FMI. “O que mais me entristece é que apresenta como a autoridade do meu país, precisa de inventar. Aquilo era muito falso”.
Depois de tudo aquilo passar, ouvimos aqueles que se armam em valentes a disserem que haviam perturbação. Decidi dar tempo para resolverem os seus problemas para depois regressar”.
“O que assumi como compromisso é dívida. Estou aqui para pagar a dívida. Esta sexta-feira 12 de Março, se Deus quiser, vou voltar. Vou voltar com coração limpo e preparado para assumir as minhas r as minhas responsabilidades para continuar a defender os interesses do povo”.
Simões Pereira falou da situação do PAIGC, apesar de ser vencedor das eleições legislativas de 2019 está na oposição. Sobre o partido, o presidente lembrou que, em tempos, haviam militantes do PAIGC que alegavam falta de reuniões dos órgãos do partido. Para além de afirmar que, no seu reinado, houve mais tempo de qualquer outra direcção, Simões Pereira desafiou a todos no sentido de prepararem, porque haverá reunião do partido onde se vai discutir todas as questões. “O objectivo dessas reuniões é para tratar todos os assuntos, para quando sairmos que estejamos todos limpo para continuar a defender os interesses do país e do partido”. Vai-se convocar, Comissão Permanente, Bureau Político e Comité Central, para responderem todas as questões para que seja discutido e se encontre solução.