Política

Umaro Sissoco disse que dissolução da ANP mantém na agenda e que não deve quaisquer explicações à ninguém para assinar acordo com o Senegal

O Presidente da República disse dia 1  de Dezembro que a sua pretensão de dissolver a Assembleia Nacional Popular (ANP) sem mantém, porque foi uma possibilidade que ponderou desde dia em que foi investido nas funções. Em declarações à imprensa no final da visita de Denis Sassou N’Guessou, Umaro Sissoco Embaló falou do alegado acordo de exploração petrolífera assinado entre ele e Macky Sall e disse que não deve explicações a ninguém para assinar o referido acordo.

Sempre com o seu estilo desafiador, Sissoco Embaló comentou o abandono dos deputados do PAIGC no dia em que se discutiu e aprovou o Orçamento-Geral do Estado (OGE), o PR disse que o PM não devia apagar os deputados que abandonam. “Se não tiverem a dignidade de não receber, porque não trabalhar, seria o Governo a tomar medidas de não pagá-los. Aliás, vou mesmo comunicar isso, ao Primeiro-ministro”, prometeu.

Como forma de levar avante essa ideia, o PR defendeu que vai sugerir ao PM a possibilidade do salário dos deputados ser bancarizado, para que haja melhor controlo. “Se o PR recebe no banco, os outros também podem. Se fizer isso, o dinheiro daqueles que abandonaram pode ser utilizado para construir hospitais e escolas. Se eles têm o poder de abandonar, o PM tem  poder de não pagar. Aquilo seria forma de disciplinar e moralizar a sociedade”, defendeu Sissoco Embaló.

Sobre a exploração petrolífera de que é acusado, Umaro Sissoco partiu para confronto. Disse que não precisa de explicar ninguém às suas decisões e só informa ao parlamento quando pretende fazer a guerra.

“Onde é que está que devo pedir licença a alguém. As pessoas é que me pedem licença. Eu não peço licença a ninguém para fazer nada. Ninguém mesmo. Nem o parlamento. Aliás, ao parlamento só informo quando querer declarar a guerra”, esclareceu o PR que desafiou os deputados a evoluírem.

Aliás, sobre o referido acordo, Sissoco Embaló em claro tom pejorativo assegurou que, se quiser assinar acordo vai ao mercado de Bandim e assina sem que ninguém lhe pergunte de nada. “Quero que as pessoas percebam definitivamente que, não vou retirar uma única vírgula nos meus poderes. Sou Presidente da República e sou nº 1”, vangloriou.

Sem nunca perder de vista a questão que lhe foi colocada, Sissoco Embaló assegurou que nesses dias vai assinar o tal acordo, mas não dará explicações a ninguém. “Será assinado, já que estão a falar”.

“Apesar de tudo, volto a explicar que, o que estamos a negociar com o Senegal é a chave de partilha. A actual de 85/15 é considerada de injusta. Estamos a tentar incluir numa cláusula que permitirá a revisão das percentagens. Só isso. Cada um pode mudar a chave de partilha, se o petróleo for encontrado na sua zona”, disse para mais adiante assinalar que, os deputados devem deixar de teatro.

“Eu não respondo ao parlamento. Respondo ao Povo. Se um dia tiver algum erro na minha Presidência serei sancionado pelo povo. Mas, o que posso garantir é que a percentagem do país de 15% assinado no passado pode avançar para uma percentagem mais avançada, caso a exploração começar. Agora quem quiser falar que  fale”, autorizou Sissoco Embaló.

Como disse, neste momento não lhe interessa a percentagem, mas sim um Acordo com o Senegal, para quando a exploração iniciar que seja concedida parte importante a Guiné-Bissau.

E já em tom crítico, afirmou que às pessoas estão a falar de um lado para outro, sem preocuparem com a Guiné-Bissau que nunca contribuiu nada na Agência de Exploração Conjunta, deixando todas as despesas com o senegal contribui, embora tenha ocupado sempre o posto de Secretário-geral.

“Comigo as pessoas não vão continuar a fragilizar o Estado. Desordem faço na minha casa e quando terminar, saio. Não vamos permitir desordem neste país”.

Um segundo assunto por ele abordado, está ligado ao possível envio de homens para formação policial no Congo. Outrora segredo entre às autoridades, Umaro Sissoco considerou de irracional, o parlamento estar a questionar ao ministro esta formação. Onde é que as pessoas viram pessoas a serem formadas como antiterroristas para ser discutido no parlamento? É importante que as pessoas cresçam. Eu sou nº 1 guineense, não preciso de dar informações a ninguém. O ministro não precisa de explicar a ninguém”, defendeu para mais adiante informar que, há dias falou com o ministro da defesa e que mais homens serão enviados para Nigéria. “Viram onde é que chegamos? Ou estão a levantar esta questão, porque foram enviados por Umaro Embaló ou Botche Candé? Porquê? Fizeram intrigas de que foram excluídos balantas: falso. Não tenho o direito de pensar que os fulas são mais importantes do que balantas ou manjacos. Não estamos a preparar guineenses para um dia podem servir. Ir a manutenção da paz”.

Por último

 

Sabino Santos

 

Related Posts