É a organização mais representativa da classe juvenil guineense, mas vai ficar fora do Conselho Nacional de Transição que deverá dirigir à transição para os próximos 12 meses. Citado pela Rádio Sol Mansi, o Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Vladimir Cuba, apelou aos jovens guineenses para que não compactuem com atitudes que coloquem em causa o Estado de Direito democrático na Guiné-Bissau. A declaração surge num momento de forte tensão política e contestação em torno da criação do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Vladimir Cuba afirmou que o Conselho Nacional de Transição carece de legitimidade, por não resultar da vontade popular e não estar previsto na Constituição da República da Guiné-Bissau. Para o líder juvenil, a criação do CNT representa um desvio grave dos princípios democráticos.
O presidente do CNJ denunciou ainda que a voz da juventude guineense não foi respeitada, sublinhando que a vontade popular expressa nas eleições de 23 de novembro foi relegada pela atual estrutura de governação.
As declarações de Vladimir Cuba surgem em meio a críticas à participação do presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau (RENAJ), Abulai Djaura, no CNT.
Este sábado, o Coletivo das Organizações Filiadas da RENAJ manifestou estranheza e total repúdio face à decisão de Abulai Djaura de integrar o CNT em nome da organização, alegando falta de consulta e consenso interno.
Apesar do clima de incerteza, aumentam as expectativas quanto a um posicionamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Este sábado, 17 organizações e movimentos da sociedade civil da África Ocidental exigiram que a CEDEAO promova a divulgação imediata dos resultados das eleições presidenciais e legislativas de 23 de novembro, atualmente bloqueados após a intervenção militar no processo político.



