O ex-Presidente da República e Presidente de Honra do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) endereçou no passado dia 22 de Novembro, uma carta à Braima Camará, Coordenador do partido na qual anunciou a sua renúncia da militância naquela formação política com efeito imediato. Na carta que contém um parágrafo apenas, José Mário vaz invocou motivos meramente pessoais para deixar o partido que neste momento se encontra dividido em duas alas.
A Decisão de Mário Vaz foi quase uma resposta ao pedido feito por Braima Camará na reunião do dia 21 de Setembro, quando disse que, quem não o acompanhar no apoio à Umaro Sissoco Embaló que pense duas vezes para não arrepender no futuro. Não resposta, mas sim uma actuação estratégica. Última Hora sabe de fontes dignas de crédito que, a renúncia do ex-PR é uma estratégia política com vista a contornar a justiça e concorrer as presidenciais de 2025, com apoio de partidos políticos.
José Mário Va pretendia avançar como candidato independente, mas uma longa lista de partidos está disposto a suportá-lo, tendo na cabeça, COLIDE-GB liderada por Juliano Fernandes, acabou por pesar nesta decisão.
Sabe-se que, na eventualidade de não renunciar a militância, a questão poderá ser invocada como um dos motivos para interditar a sua candidatura.
Com este posicionamento, o campo de Umaro Sissoco Embaló perde assim um pesoa, decisivo, pelo menos, a julgar pelos dados da segunda volta das presidenciais de 2019. Na altura, José Mário Vaz controlou a região de Cacheu e contribiu com número significativos para a eleição do PR agora cessante.