A Direcção do MADEM reuniu dia 1 de Março todos os Coordenadores Regionais e Coordenadores das Comissões Políticas com objectivo de abordar a situação política do país em geral e do partido em particular. O facto mais notável do dia foi a ausência do Coordenador dos Coordenadores do MADEM, José Carlos Macedo que, há uma semana ameaçou que, se sair de manhã no partido, o Coordenador sai a tarde. Também os Coordenadores do partido considerados suspeitos “não foram convidados”, embora durante o encerramento, Fidélis Forbs, ministro das Obras Públicas marcou a sua presença. Outro facto marcante é a retirada total dos cartazes de Umaro Sissoco Embaló na sede do partido, excepto um outdoor logo a porta da entrada. Braima Camará prometeu que as reformas internas vão iniciar, porque foi isso que fez com que reconsiderasse a sua posição enquanto Coordenador demissionário. “Em todas as estruturas as vagas serão preenchidas. É preciso obediência e rigor em todas as estruturas. No MADEM não pode haver intocáveis ou notáveis. Tem de haver disciplina”, afirmou Braima Camará.
Praticamente descartado, José Carlos Macedo, que neste momento exerce às funções de Secretário de Estado da Ordem Pública e em litígio com o partido, vai ver nos próximos tempos, o MADEM a retirar-lhe dessas funções. Abel da Silva disse que está na forja criação de um novo partido para fraccionar e subtrair MADEM.
Na abertura da reunião, Abel da Silva, Secretário Nacional do MADEM assegurou que está na forja a criação de um novo partido político com o objectivo de fraccionar o MADEM, como alguns fizeram no passado.
“No passado fizeram isso. Enganaram-nos, utilizaram as nossas estruturas para criar o partido deles. É a mesma coisa que está a acontecer. E não podemos ter medo. O que se exige, é todos nós estarmos correntes daquilo que está a acontecer.
Não podemos aceitar que alguém use a política de divisionismo no MADEM, independentemente de quem seja. Devemos ter coragem.
Abel da Silva acha que não há problema no partido, o que está a acontecer é que certas pessoas não estão a querer ouvir a verdade. “Dizer que ANP deve ser aberta é pecado? Dizer para deixarmos de deter, raptar, é mau? Não. Estamos num país e a Constituição tem de valer”.
Numa reunião na qual já não são visíveis os cartazes do PR ‘sim mpudi’ na sede do MADEM, os discursos tanto de Braima Camará como no Secretário Nacional era para saber quem é do partido; quem está disposto para defender as causas dos fundadores do MADE.